Segundo estudo da consultoria Conversion, cerca de 50% da classe A está em trabalho remoto integral, enquanto apenas 20% dos menos favorecidos conseguiram manter os empregos em casa
Pesquisa inédita da consultoria Conversion revela um grande abismo entre as classes sociais que conseguem fazer home office na pandemia. Segundo o estudo, os ricos têm 150% mais acesso ao trabalho remoto em comparação com os mais pobres no Brasil.
O levantamento da Conversion mostra quecerca de 50% da classe A está em trabalho remoto integral, enquanto apenas 20% dos menos favorecidos conseguiram manter os empregos dentro de casa. No entanto, população da chamada classe média alta (classe B) é a maior beneficiada com o home office, com 53,7% dos entrevistados atuando no modelo de teletrabalho.
Outro dado revelado pela pesquisa de opinião da Conversion mostra que 39,8% dos brasileiros conectados na Internet trabalha atualmente em home office integral ou parcialmente. Por outro lado, 30% mantêm atuação presencial e 26,3% afirmam estar desempregados.
Para 23% da população, o home office é a modalidade de trabalho mais preferida para o futuro próximo no Brasil. Já 53% preferem um modelo híbrido, enquanto 26,5% entendem que o trabalho presencial continua sendo melhor.
A pesquisa traz também a opinião da sociedade sobre as vantagens do home office. Segundo 70,63% dos entrevistados, o principal ganho é a possibilidade de passar mais tempo com a família. Já 48,13% das pessoas apontaram o fato de não precisar gastar tempo no trânsito das grandes cidades.
A pesquisa da Conversion foi realizada em agosto deste ano, por meio de um questionário estruturado com perguntas fechadas, via Internet, com dados ponderados. Contou com amostragem de 400 pessoas, nível de confiança de 95% e margem de erro de 5% para mais ou para menos.
Exemplo
A Conversion decidiu estender o Home Office até existir uma vacina contra o coronavírus ou qualquer outro tratamento que mude o cenário, seguindo assim uma tendência global. “A decisão foi tomada considerando que o número de novos casos se mantém estável e que este é o movimento das empresas mais inovadoras do mundo”, afirma Diego Ivo, CEO da Conversion. “Desde o início da pandemia, nos posicionamos com prudência e entendemos que, agora, o mais coerente é pensar em voltar só a partir do momento em que haja segurança”, comenta.
A agência destaca, além disso, que não reduziu salários nem desligou nenhum colaborador por conta do COVID-19 e que aumentará investimentos para um trabalho remoto ainda mais eficiente, focados no desenvolvimento e cuidado com os seus 60 colaboradores. “É um momento de olhar para o longo prazo e não medimos esforços para manter nosso time, bem como desenvolver as pessoas”, diz Carolina Kuroda, Chief Operating Officer (COO).
Para fortalecer a atuação em equipe e os resultados de clientes, a Conversion tem investido em mais ferramentas de comunicação, metodologias de trabalho e uma série de medidas que irão beneficiar os colaboradores. “Temos recebido muitos feedbacks dos colaboradores, que dizem se sentir cuidados com as iniciativas e o posicionamento da empresa. Os resultados do negócio já têm aparecido e inúmeras contas da agência bateram recordes de vendas nos últimos meses”, aponta Ivo.
A agência Conversion acaba de anunciar também um novo benefício: o Vale Home Office, que será permanente e servirá para custear a infraestrutura de trabalho em casa. “Queremos que todos possam ter uma boa infraestrutura de trabalho”, afirma Thelma Tardivo, Head of People & Culture na agência. “Na retomada das atividades presenciais, devemos voltar de forma híbrida, com Home Office e trabalho no escritório”, complementa.