Aplicação de modelo de linguagem pode ser acessada por usuários dos Estados Unidos e do Reino Unido
O Google lançou, na última terça (21), o Bard, sua ferramenta de inteligência artificial conversacional. A implementação do recurso é uma resposta direta ao ChatGPT, que faz parte do mecanismo de busca rival, o Bing.
A princípio, o Bard estará disponível somente para os Estados Unidos e o Reino Unido, em uma versão beta. Assim como aconteceu com outras features do buscador, a ideia é que seja testado e liberado para outros países aos poucos.
Em fevereiro, Sundar Pichai, CEO do Google, havia notificado o início da etapa de testes com um grupo pequeno de pessoas. Agora, finalmente é chegada a hora de os usuários entrarem no jogo.
Para entrar na lista de espera é preciso acessar a página oficial do Bard e clicar em “join waitlist”. Caso o usuário não se encontre em um dos locais citados, uma mensagem indicará a ausência da plataforma no país.
O que é o Google Bard?
Google Bard é uma ferramenta de chat baseada em inteligência artificial. Em sua versão experimental, a ferramenta se identifica como um “colaborador para trazer criatividade e utilidade, dar asas à imaginação, aumentar a produtividade e dar vida a novas ideias”.
Trata-se de uma versão semelhante ao ChatGPT, recentemente adicionado como uma feature no motor de pesquisa rival, o Bing.
No Chat GPT, o usuário realiza solicitações (prompts), para as quais receberá respostas (output), em linguagem natural. A diferença dessas plataformas para os tradicionais buscadores é que as entregas são realizadas com base em aprendizado de máquina e a conversação é contínua, guardando as informações de consultas anteriores em um formato contínuo de busca.
A LLM (Large Language Model) do Google utiliza os padrões da LaMDA, inteligência sintética que estampou tabloides em 2022 quando um de seus engenheiros se demitiu ao alegar que a IA se tornou consciente.
Google alerta: Bard pode gerar respostas imprecisas
Apesar do lançamento, na própria página inicial da ferramenta há um disclaimer: “o Bard é um experimento e pode gerar respostas imprecisas ou inapropriadas. Você pode deixar o Bard melhor deixando o seu feedback”.
Ao que tudo indica, a palavra de ordem na companhia é responsabilidade. Isso porque esse tipo de inteligência artificial compõe suas respostas com base nos textos disponíveis na web. Assim, pode apresentar saídas que não correspondem à realidade, que careçam de atualização ou que refletem opiniões pessoais.
A preocupação é tanta que o buscador lançou um documento com os princípios utilizados no uso de inteligência artificial.
Há anos o Google realiza esforços no ramo da inteligência artificial generativa, mas só agora essa tecnologia alcança o público. Os indícios apontam que houve uma aceleração no desenvolvimento e na divulgação da plataforma graças às ameaças do ChatGPT, Bing e outras ferramentas similares.
Conversação da aplicação ainda é limitada
Por enquanto, o Google indica que a capacidade de compreensão contextual do Bard ainda é limitada. Ou seja, é possível que não compreenda exatamente o encadeamento das consultas e prejudique a continuidade da busca.
Contudo, deixa claro que a ferramenta continua a aprender, ou seja: sua habilidade de manter conversações mais longas será melhorada.
O que o Google Bard pode fazer?
Em um comunicado oficial no blog, o Google diz que “o Bard pode aumentar a sua produtividade, acelerar suas ideias e alimentar sua curiosidade”. Na prática, isso significa que auxilia por meio de respostas às solicitações do usuário.
Por exemplo, é possível pedir que a ferramenta lhe dê dicas de como ler 20 livros este ano, explicar física quântica em termos simples ou criar um roteiro para blog post.
Há também a possibilidade de visualização de múltiplas respostas, selecionando aquela que condiz com o propósito da solicitação.
Por fim, o próprio Google faz uma brincadeira com o leitor, pedindo ao próprio Bard que redija uma finalização divertida para o blog post.
Ainda é cedo para dizer até que ponto o recurso pode ser utilizado na produção de conteúdo. No entanto, a ferramenta aparenta ter funcionalidades muito similares àquelas já apresentadas por outras ferramentas, mostrando que pode ser útil para situações de bloqueio criativo, por exemplo.
Quais são os requisitos para usar o Google Bard?
Para utilizar o Google Bard, é preciso se enquadrar nos seguintes critérios:
- Ter uma conta do Google
- Ter mais de 18 anos
- Utilizar um navegador compatível: Chrome, Safari, Firefox, Opera ou Edgium
O que muda em SEO com a chegada do Bard?
É difícil especular quais serão as mudanças no ramo de SEO geradas pelo lançamento do Google Bard. Pelo menos por enquanto, as ferramentas são independentes.
Quando o ChatGPT se popularizou, as comunidades de otimização e marketing de conteúdo ao redor do mundo se preocuparam pela ausência de links nas respostas na ferramenta da OpenAI. Afinal, sem eles não há cliques, o que poderia alterar completamente a dinâmica dessas áreas do marketing.
Segundo FAQ do Bard, quando há necessidade, a IA fornece links para fontes que dispõem de mais informações sobre um tópico ou páginas nas quais o usuário pode checar a veracidade da resposta.
Além disso, o Google informa que o Bard é um complemento à experiência de busca. Assim, o usuário pode clicar em “google it” para abrir uma nova aba com resultados aprofundados.
Se você quer saber mais informações sobre o mercado de SEO, inscreva-se na nossa newsletter e receba notícias regulares em sua caixa de entrada.