SXO traz abordagem que não privilegia apenas algoritimos dos buscadores
Mecanismos de busca foram desenvolvidos para responder às dúvidas dos usuários. Muitas vezes, as questões são simples, como o nome de um ator que atuou em um filme ou a localização do restaurante mexicano mais próximo. Mas também há pessoas que desejam se aprofundar em tópicos, notícias ou produtos, por exemplo.
Ao longo do tempo, buscadores como Google e Bing passaram por inúmeras alterações, tentando se adequar, da melhor forma possível, à intenção da busca do usuário.
Hoje em dia, há uma preocupação que vai além da entrega das respostas desejadas: a experiência de busca. A ideia é proporcionar uma jornada direta, mas ao mesmo tempo fluida, reduzindo o tempo (e o número de cliques) entre a pesquisa e a resposta desejada.
Por essa razão, foram acoplados à página de resultados alguns recursos dinâmicos, também conhecidos como features. No Google, por exemplo, são ativados trechos em destaque, imagens, vídeos, mapas, grafos de conhecimento, snippets, calculadoras, conversores de valores, perguntas relacionadas, entre outros.
Todos são alimentados por administradores de sites, que criam páginas na rede mundial de computadores.
Neste artigo, saiba o que é a experiência de busca, como ela funciona e qual é o papel dos profissionais de SEO na jornada de pesquisa do usuário.
O que é experiência de busca?
A experiência de busca se inicia quando um usuário acessa um buscador para realizar uma consulta.
Existem três componentes fundamentais que fazem parte dessa jornada:
- o buscador: responsável por varrer a web e realizar a entrega ao usuário;
- o publicador: responsável por criar páginas que correspondem à intenção de busca do usuário;
- o usuário: responsável por manifestar a sua intenção de busca por meio de termos — e refiná-la com comandos e filtros.
Os processos que envolvem os buscadores são automatizados por meio de algoritmos baseados em inteligência artificial e alimentados por sinais de qualidade da página.
Já os publicadores criam e aprimoram essas páginas, de forma que tenha a oportunidade de atrair visitantes para seus sites. Nesse cenário, tentam entender os algoritmos para se adequar aos sinais de qualidade (ou fatores de ranqueamento) e conquistar posições de prestígio entre os resultados – prática conhecida como SEO.
Na parte cabível ao usuário, as coisas se tornam complexas. Afinal, cada pessoa é única. O comportamento, a forma como exterioriza a dúvida e a preferência pessoal são critérios individuais. Por isso, cabe aos demais a tarefa de interpretar a intenção manifesta do solicitante e entregar a melhor solução, o que nem sempre acontece.
A experiência de busca, na aliança entre buscadores e publicadores, consiste no aperfeiçoamento da compreensão da dúvida do usuário e na resolução da mesma.
O Google, por exemplo, realiza modificações na interface, sugestões de dúvidas relacionadas e até mesmo completa automaticamente as buscas do usuário, que muitas vezes sequer sabe como expressá-las.
Para os publicadores, há o desafio de adaptação, tanto às necessidades do usuário quanto dos buscadores.
Como funciona a Otimização para Experiência de Busca (Search Experience Optimization)?
As ações de SEO (Search Engine Optimization) são consideradas vitais para o aparecimento nas páginas de resultados dos buscadores. O problema é que muitas vezes essas táticas beneficiam prioritariamente os robôs dos mecanismos de busca.
A SXO (Otimização para Experiência de Busca) traz uma abordagem diferente. Ela parte da premissa de que, antes de tudo, é preciso proporcionar uma experiência agradável às pessoas, considerando o mecanismo como um meio, não como um fim.
Ocorre que, muitas vezes, a adaptação aos algoritmos é considerada como principal critério para a criação de páginas e conteúdos.
Alguns casos são visíveis nas táticas aplicadas atualmente. Um bom exemplo é a otimização de páginas para palavras-chave, não por intenção de busca do usuário. Alguém que pesquisa por “ventilador” pode não estar interessado na compra, mas em informações sobre tipos disponíveis no mercado ou dicas de manutenção.
Então, mesmo que o seu negócio venda o produto, será mesmo que vale a pena otimizar páginas para o termo? Nesse sentido, as atividades voltadas ao uso de palavras-chave de cauda longa (long tail) emergem como uma solução para o problema.
O pensamento de otimização somente para mecanismos de busca acarreta em outros problemas por imposição de regras, como a extensão exagerada do tamanho do texto, repetição excessiva de palavras-chave, abuso de links internos. Regras podem até agradar os algoritmos, mas as pessoas não ligam para isso. O que elas querem é uma jornada orgânica.
Quais são as mudanças pelas quais a experiência de busca pode passar?
O debate sobre a experiência de busca traz consigo as atuais mudanças pelas quais passam os buscadores, com a inclusão de ferramentas de inteligência artificial generativa – o Bing chama esse momento de Transformação da Busca.
Nesse novo modelo, as buscas são conversacionais. Isso quer dizer que, além de guardar o histórico de pesquisas e basear-se nele para resolução da próxima consulta, as respostas são geradas com base no conteúdo de páginas disponíveis na web, muitas vezes dispensando a necessidade do clique para completar a jornada do usuário – em outras palavras, sem a necessidade de um link.
Muitas dúvidas ainda pairam no ar, incluindo complicações legais que impedem a atuação de tais ferramentas em alguns territórios. Inclusive no Brasil, onde o Google optou por não levar o Bard, possivelmente devido a questões regulatórias.
Nesse cenário, torna-se ainda mais importante a aplicação de técnicas que privilegiam a experiência no site, visando criar uma audiência proprietária e permitindo que o usuário sinta-se confortável para tirar suas dúvidas diretamente na fonte, dispensando a necessidade do buscador.
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