Relatórios criados pela DataReportal trazem o panorama do marketing digital no Brasil e no mundo
Todo profissional de marketing digital está ciente do dinamismo do ambiente online. Movido pela necessidade de se adaptar ao comportamento do usuário, a cada ano são lançadas novas tecnologias e tendências, além de novas estratégias que emergem e as ações para impactar o público evoluem.
A chave para alcançar novos patamares na área é a busca constante por tendências e insights que tragam resultados significativos para o seu negócio. A melhor forma para tal é simples: a análise de dados.
O que são os relatórios Digital 2024: Global Overview Report e Digital 2024: Brazil, da DataReportal?
Nos últimos anos, a DataReportal firmou-se como uma das grandes referências em pesquisas na internet. Em 2024, lançou o Digital 2024: Global Overview Report e o Digital 2024: Brazil. Nesses relatórios, realizados em parceria com instituições importantes como Statista, Similarweb, data.ai, Semrush, GWI e SocialInsider. Essas pesquisas revelam informações sobre o estado atual da web em caráter mundial e nacional.
Quase ⅔ das pessoas usam a internet no mundo
Para muitos, é difícil imaginar uma vida sem internet. Isso não é à toa. A penetração da rede mundial de computadores chegou a quase ⅔ da população em 2024 com a adição de 97 milhões de novos usuários. Esse número supera a população urbana do globo, que abrange 57,7% dos habitantes.
- A população do planeta é de 8,08 bilhões de pessoas
- 69,4% da população global utiliza dispositivos móveis (5,61 bilhões)
- 66,2% da população global usa a internet (5,35 bilhões)
- O número total de identidades de usuários ativos de redes sociais equivale a 62,3% da população (5,04 bilhões)
O uso de dispositivos móveis é ainda maior, o que significa que ainda há uma parcela de pessoas que utiliza aparelhos portáteis sem acesso à web.
- Percentual de usuários acessando a internet com smartphones: 96.5% (+4.6% em relação ao ano anterior)
- Usuários acessando a internet de desktops ou tablets: 61.8% (-5.8% em relação ao ano anterior)
Os números acima demonstram uma tendência que já vem sendo discutida há algum tempo dentro do marketing digital: a grande maioria dos usuários está utilizando a internet nos seus celulares.
Em 2023, 96.5% da população acessou a internet através de celulares. Por sua vez, apenas 54.9% acessou com um laptop ou desktop.
Ou seja, todo conteúdo criado para os canais online deve ser otimizado para a sua versão mobile e, em muitos casos, esse deve ser o foco principal, principalmente quando pensamos em conteúdos para as redes sociais.
Crescimento da internet foi de quase 100% na última década
Apesar de não ser mais uma novidade, a internet ainda é uma criação relativamente nova e a sua expansão é um fenômenos consideravelmente recente.
- A inclusão digital cresceu 95,8% entre 2014 e 2024
- A penetração da internet é de 82,5% na América do Sul
- 47,6% da população da Índia permanece offline (603,7 milhões)
- 89,4% da população da República Centro-Africana permanece offline (5,2 milhões)
Apesar da desaceleração da curva de crescimento, a adoção da internet continua a expandir. Essa é uma tendência natural e esperada, visto que existem barreiras para a inclusão digital, como países que necessitam de infraestrutura adequada ou sanções governamentais.
Esse aumento, embora seja de apenas 1,85% em relação ao início de 2023, representa um crescimento de 95,85% nos últimos 10 anos.
China e Índia lideram o ranking de países com usuários desconectados
Os dois países com maior população do mundo (Índia e China) são também aquelas com o maior volume de usuários desconectados (683,7 e 336,4 milhões, respectivamente). Em dados percentuais, no entanto, é difícil superar os países africanos. Em locais como Etiópia, Burundi, Sudão do Sul, Niger e Yemen, por exemplo, os índices de população não conectada superam os 80%.
Esses números convergem com os dados de adoção da internet nos países (ou seja, aos novos usuários). Dos 10 países com os menores índices, 7 são africanos e 3 são asiáticos (incluindo a Coréia do Norte, república sobre a qual há dados).
A penetração global da internet é de 66,2%. Ao observarmos por região, tende a seguir o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), já que a Europa e a América do Norte apresentam valores acima de 90%. A América do Sul possui uma taxa de penetração de 82,5%, enquanto a África Oriental demonstra os menores índices (26,7%).
Países como Holanda, Suíça, Noruega, Arábia Saudita, Irlanda e Emirados Árabes Unidos apresentam índices de uso de internet de quase 100% da população.
Sites e apps mais acessados em 2023
A Internet é, antes de tudo, composta por sites e aplicativos. Ou seja, tudo que é feito online é feito através de um ou do outro. Logo, é indispensável que qualquer empresa disposta a investir no marketing digital entenda quais são os sites e apps mais utilizados, para que saibam onde melhor alocar seus recursos.
Tipos de sites mais visitados e apps mais usados segundo o DataReportal
- Chat e mensagem: 94.7% da população;
- Redes sociais: 94.3% da população;
- Motores de busca ou portais: 80.7% da população;
- Compras: 74.3% da população;
- Mapas: 54.4% da população;
- E-mail: 49.5% da população;
- Música: 48.1% da população;
- Clima: 42.2% da população;
- Entretenimento: 40.6% da população;
- Notícias: 40.3% da população;
- Jogos: 32.4% da população;
- Serviços de mobilidade: 28.6% da população;
- Investimento: 26.6% da população;
- Esporte: 25.8% da população;
- Viagem: 24.5% da população;
Esse ranking traz alguns insights importantes para serem analisados. O primeiro deles é que a grande maioria da população utiliza a internet para se comunicar. Por isso, é essencial que a sua empresa esteja presente em diferentes plataformas de chat e mensagem, porque a comunicação hoje é mais direta do que nunca.
Outro insight, que apesar de parecer óbvio, é muitas vezes ignorado, é que o seu negócio precisa aparecer nas redes sociais de alguma forma. Seja através de conteúdos orgânicos criados pelo perfil da empresa ou através de anúncios pagos, é preciso estar onde os seus consumidores estão.
E por último, os buscadores ainda tem muita força na internet. Logo, é essencial que a estratégia de SEO do seu negócio esteja alinhado de maneira estratégica para chegar até os milhões de usuários que acessam os motores de busca diariamente.
É importante estar presente em diferentes frentes, mas sempre entendendo onde seu público alvo é mais presente, para saber onde os esforços alocados trarão melhores resultados. Ou seja, você não precisa abraçar o mundo todo, mas precisa entender onde, quando e por quem é mais proveitoso que a sua marca seja vista.
Google é o site mais visitado do mundo
Como citado anteriormente, o SEO é essencial para a estratégia de qualquer empresa que deseja ter sucesso no digital. E esse é o motivo:
- O Google recebe 85,59 bilhões de acessos mensais
- O Google recebe 2,44 bilhões de usuários únicos mensais
- O usuário do YouTube permanece no site, em média, 20 minutos e 9 segundos por sessão
- O usuário do YouTube visita, em média, 11,4 páginas por sessão
O Google permanece como o site mais acessado do mundo (85,59 bilhões). Esse número supera o valor acumulado do tráfego de todos os demais sites no top 10. São 52,55 bilhões de visitas mensais a mais que o YouTube (também pertencente ao grupo Google), com 33,04 bilhões.
Logo, quem está bem posicionado em palavras-chave específicas, chegará a mais pessoas. O Google segue sendo o maior nome da internet mundial.
É possível reparar, também, uma supremacia dos mecanismos de busca, que ocupam quatro posições entre as dez primeiras do ranking. Fazem companhia ao Google o Baidu, o Yahoo e o Yandex.
Por outro lado, o Youtube supera o mecanismo de buscas no tempo de permanência por sessão em quase 10 minutos; e também em páginas acessadas por visita. O WhatsApp, por sua vez, se destaca em usuários únicos: 360 milhões por mês.
As redes sociais segundo o Global Overview Report 2024
As redes sociais se tornaram o carro chefe das interações online. Por isso, é preciso entender como utilizá-las para alavancar os resultados do seu negócio.
- Número de usuários das redes sociais: 5.04 bilhões;
- Mudança quarter-por-quarter em número de usuários: +1.5% da população global (75 milhões);
- Mudança ano-por-ano em número de usuários: +5.6% da população global (266 milhões);
- Tempo médio gasto em redes sociais por cada usuário: 2H 23M;
- Média de plataformas usadas mensalmente por usuário: 6.7 (8.4 no Brasil);
- Usuários 18+ comparados à população: 84.2%;
- Usuários de redes sociais comparados ao total de usuários da internet: 94.2%;
- Mulheres que usam redes sociais: 46.5%;
- Homens que usam redes sociais: 53.5%
Ao longo de 2023, ingressaram em alguma rede social pelo menos 266 milhões de usuários, o que representa um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior. Para se ter uma ideia do ritmo, o acréscimo à população mundial no mesmo período foi de 74 milhões.
O Brasil ocupa uma posição de destaque na classificação: terceiro lugar, com 3 horas e 37 minutos destinados à navegação nas praças online.
País | Tempo gasto nas redes sociais |
Quênia | 03:43 |
África do Sul | 03:41 |
Brasil | 03:37 |
Filipinas | 03:34 |
Nigéria | 03:25 |
Colômbia | 03:23 |
Chile | 03:22 |
México | 03:14 |
Indonésia | 03:11 |
Arábia Saudita | 03:06 |
As razões para tal variam, mas quase metade dos respondentes (49,5%) alegam acessá-las para “manter-se em contato com amigos e familiares”. Outra razões comuns são “preencher o tempo livre” (38,5%), “ler novas histórias” (34,2%) e “encontrar novos conteúdos” (30,2%).
“Encontrar produtos para compra” apareceu nas respostas de 22,7% dos entrevistados, ao passo que “consumir conteúdo das minhas marcas favoritas” foi citado como motivo para adentrar as redes sociais por 22,1%.
Principais razões para usar redes sociais | Percentual |
Manter contato com familiares e amigos | 49,5% |
Passar o tempo | 38,5% |
Ler novas histórias | 34,2% |
Encontrar conteúdo | 30,2% |
Verificar tópicos quentes | 28,7% |
Encontrar inspiração | 26,7% |
Encontrar produtos para compra | 26,1% |
Compartilhar ideias e debater | 22,7% |
Assistir live streams | 22,7% |
Fazer novos contatos | 22,5% |
Um dado interessante advém dos Emirados Árabes Unidos, onde o número de usuários de redes sociais supera a própria população. A justificativa especulada pela pesquisa é a de que são abrigados muitos expatriados no País, o que contamina os dados populacionais oficiais. Ela ainda cita que a anomalia pode ser causada por identidades ou contas falsas.
No Brasil, 62,3% da população utiliza pelo menos uma rede social, indicando que ainda há espaço para crescimento. Já em relação aos aplicativos, há uma dominância do WhatsApp, utilizado por 83,2% dos usuários no mundo.
Rede Social | Percentual de pessoas que usam diariamente (Android) |
83,2% | |
64,1% | |
YouTube | 63,7% |
Line | 62,9% |
TikTok | 61,7% |
61,6% | |
Messenger | 42,6% |
X | 42,2% |
Snapchat | 40,3% |
Telegram | 38,2% |
Ranking: redes sociais mais usadas
- Facebook;
- Youtube;
- Whatsapp;
- Instagram;
- TikTok
- WeChat;
- Facebook Messenger;
- Telegram;
- Douyin;
- Snapchat;
- Kuaishou;
- Twitter;
- QQ;
- Pinterest;
No gráfico abaixo, é importante observar quais redes sociais são utilizadas de maneira simultânea. Isso é importante para que as estratégias de marketing orgânico e de mídia paga se completem ao invés de competirem uma com a outra ou causarem uma saturação da sua marca dentro das redes sociais.
Um dado interessante de observar é o de que 80.4% dos usuários primários do Tik Tok utilizam o Instagram junto com a plataforma de vídeos chinesa. Porém, somente 52.8% dos usuários primários do Instagram acessam o Tik Tok. Ou seja, muitas vezes é necessário estar presente nas duas plataformas.
Tempo médio mensal gasto por usuário usando redes sociais
A grande novidade do relatório foi o TikTok estar no topo do ranking de horas mensais de uso. Isso corrobora a ideia citada acima, de que a plataforma de vídeos se tornou uma mina de ouro para o marketing digital, uma vez que é onde os usuários passam a maior parte do seu tempo.
Os dados mostram que o tempo médio mensal de usuários da plataforma (apenas no Android) é de 34 horas, o que representa mais de uma hora por dia. Na sequência, aparecem o YouTube (28 horas e 5 minutos) e Facebook (19 horas e 47 minutos).
É preciso frisar, contudo, que os dados vislumbram somente o acesso via dispositivos móveis. Logo, se somados os dados do desktop, os resultados podem ser diferentes.
O Instagram ocupa somente o quinto lugar da lista, com 15 horas e 50 minutos. Isso pode soar estranho para os brasileiros, já que 92% dos usuários de internet do País acessam o Instagram pelo menos uma vez por dia (Opinion Box, 2024) e o Brasil acumula 143,6 milhões de usuários na plataforma. Para uma análise comparativa, o TikTok possui 98,59 milhões (acima de 18 anos), o YouTube 144 milhões e o Facebook 111,3 milhões.
Rede Social | Tempo médio gasto mensalmente |
TikTok | 34h |
YouTube | 28h 05m |
19h 47m | |
17h 06m | |
15h 50m | |
Line | 8h 14m |
X | 4h 14m |
Telegram | 3h 45m |
Snapchat | 3h 33m |
Messenger | 3h 21m |
Dito isso, é importante relembrar o aspecto estratégico do marketing digital. Apesar do TikTok consumir a maior parte do tempo do público online, isso não significa que o público ideal do seu negócio está lá.
Por isso, é preciso entender minuciosamente quem são os consumidores da sua marca e quem você busca atingir com as suas estratégias. Estar onde todos estão nem sempre vai ser a melhor estratégia.
Quais são os aplicativos favoritos da população mundial?
Apesar da ascensão meteórica do TikTok, ele ainda perde para alguns aplicativos mais consolidados em alguns fatores. Em relação à duração da sessão (ou seja, o intervalo entre a abertura e o fechamento do aplicativo), o destaque fica com o YouTube, com 7 minutos e 25 segundos de média.
O TikTok aparece na sequência, com 5 minutos e 56 segundos; e o Facebook fecha o pódio, com 3 horas e 42 segundos.
Rede Social | Duração da Sessão |
YouTube | 7m 25s |
TikTok | 5m 56s |
3m 42s | |
2m 44s | |
2m 11s | |
X | 2m 11s |
Snapchat | 1m 23s |
Telegram | 1m 21s |
Line | 1m 21s |
1m 13s |
Apesar do alto tempo médio das sessões no TikTok, o Instagram permanece como plataforma favorita para 16,5% dos usuários, mais que o dobro da ferramenta chinesa. O WhatsApp, considerado por boa parte dos usuários como uma rede social, aparece com 16,1%, enquanto o Facebook é a preferia de 12,8% dos entrevistados.
Rede Social favorita | Percentual |
16,5% | |
16,1% | |
12,8% | |
12,8% | |
TikTok | 7,4% |
Douyin | 6,6% |
X | 3,2% |
Telegram | 2,4% |
Messenger | 2,3% |
Line | 1,7% |
Apesar de parecer estar saturado, o Facebook segue sendo a rede social mais utilizada do mundo. E isso a torna uma potência quando o assunto é marketing digital. A plataforma, com seus 3.05 bilhões de usuários, ocupa 37.7% da população global, e esse número só tende a crescer.
Ou seja, o Facebook continua sendo o queridinho da maioria das empresas quando o assunto é investimento em anúncios.O Facebook Ads é a maior plataforma de anúncios online do mundo por um bom motivo.
Observe os números do Facebook Ads:
- Usuários mensais ativos do Facebook vs. Usuários totais da internet: 57.0%
- Alcance do Facebook Ads vs. Total de usuários ativos no Facebook: 68.4%
- Potencial de alcance total com ads no Facebook: 2.19 bilhões de pessoas (27.1% se comparado a população total do mundo e 41.0% se comparado ao total de usuários da internet)
- Mudança quarter-por-quarter no alcance dos ads: -5.0% (-116 milhões)
- Mudança ano-por-ano no alcance dos ads: +10.5% (+209 milhões)
- Alcance de mulheres: 43.2%
- Alcance de homens: 56.8%
No ranking de cidades globais com as maiores audiências de ads, São Paulo está em 12º, com 12,7 milhões de pessoas. O que corrobora com a noção de que o Facebook continua extremamente relevante no mercado brasileiro.
YouTube
A maior plataforma de vídeos do mundo, que pertence ao Google, também é um sucesso na questão de ads. O YouTube alcança cerca de 50% do número total de usuários na internet mundial.
E no ranking de países com o maior número de alcance por ads, o Brasil leva a medalha de bronze. Sendo assim, ficamos atrás somente dos EUA e da Índia, com seus 467 milhões de usuários. Os principais números do YouTube são:
- Potencial de alcance total com ads no YouTube: 2.49 bilhões de pessoas (30.8% se comparado a população total do mundo e 46.6% se comparado ao total de usuários da internet)
- Mudança ano-por-ano no alcance dos ads: -0.9% (-423 milhões)
- Alcance de mulheres: 45.6%
- Alcance de homens: 54.4%
O Instagram é uma das redes sociais mais utilizadas do mundo, consumindo quase 16 horas mensais dos seus usuários (média global). Porém, esse número sobe consideravelmente quando falamos sobre o usuário brasileiro, que utiliza o Instagram durante 22 horas e 27 minutos do seu mês, em média.
Além disso, como vimos anteriormente, o app da Meta ainda é o favorito mundial. Por isso, fica clara a força do aplicativo dentro do país e isso se confirma quando falamos sobre anúncios dentro da plataforma. Confira todos os números relacionados ao Instagram:
- Potencial de alcance total com ads no Instagram: 1.65 bilhões de pessoas (20.4% se comparado a população total do mundo e 30.9% se comparado ao total de usuários da internet)
- Mudança quarter-por-quarter no alcance dos ads: +0.9% (+15 milhões)
- Mudança ano-por-ano no alcance dos ads: +25.3% (+334 milhões)
- Alcance de mulheres: 49.4%
- Alcance de homens: 50.6%
Assim como é o caso com o YouTube, o Brasil (134,6 milhões) está em terceiro lugar quando o assunto é alcance dos ads dentro da plataforma. Ficamos atrás apenas dos EUA (169,6 milhões) e Índia (362,9 milhões).
TikTok
O queridinho entre as novas gerações mostrou que está mais presente do que muitos imaginavam. O Tik Tok é um dos aplicativos mais utilizados do mundo, alcançando 1.56 bilhões de pessoas.
Confira alguns números do potencial do TikTok:
- Potencial de alcance total com ads no TikTok: 1.56 bilhões de pessoas (19.3% se comparado a população total do mundo e 29.2% se comparado ao total de usuários da internet)
- Alcance de mulheres: 48.0%
- Alcance de homens: 52.0%
- No ranking de países com maior número de alcance por ads no TikTok, o Brasil (98.5 milhões) está em terceiro lugar, atrás apenas da Indonésia (126.8 milhões) e EUA (148 milhões)
O LinkedIn não está no topo dos aplicativos mais utilizados, nem entre os que as pessoas passam mais horas. Porém, o apelo extremamente corporativo dessa rede social torna ele uma ótima ferramenta para a utilização de ads, especialmente se tratando do B2B.
Os números do LinkedIn:
- Potencial de alcance total com ads no LinkedIn: 1.03 bilhão de pessoas (12.7% se comparado a população total do mundo e 19.2% se comparado ao total de usuários da internet)
- Mudança quarter-por-quarter no alcance dos ads: +3.6% (+36 milhões)
- Mudança ano-por-ano no alcance dos ads: +13.9% (+125 milhões)
- Alcance de mulheres: 43.6%
- Alcance de homens: 56.4%
- No ranking de países com maior número de alcance por ads no LinkedIn, o Brasil (68 milhões) está em terceiro lugar, atrás apenas da Índia (120 milhões) e EUA (220 milhões)
O LinkedIn também apresentou um crescimento anual de quase 14%, alcançando o valor de 1,03 bilhão de usuários ativos.
O WhatsApp é um caso curioso, uma vez que ele não possui anúncios. Porém, devido ao seu alcance (¼ da população mundial), ele se tornou indispensável dentro da estratégia de qualquer empresa. Ele é o mais canal de comunicação mundial, ultrapassando até mesmo o Messenger do Facebook.
Os números do Whatsapp:
- Usuários globais ativos: 2 bilhões (24.7% da população)
- Mulheres que utilizam a plataforma: 47.6%
- Homens que utilizam a plataforma: 52.3%
- Média de horas mensais de uso: 17H06M (24H14M no Brasil)
Outros apps
Algumas ferramentas como WeChat, SnapChat, Weibo e Kuaishou ganharam destaque internacional em termos de crescimento. Um dos desempenhos mais notáveis é o do Discord, que tinha a proposta de reunião de comunidades de jogos digitais, mas aos poucos passou a integrar outras funções, como a facilitação do trabalho remoto ou o acesso a ferramentas visuais de inteligência artificial generativa.
É o caso, por exemplo, de dois entre os três maiores servidores atualmente: o Midjourney e o Leonardo.ai (para imagens). Aqueles voltados para os games, contudo, seguem muito populares, ocupando 6 posições no top 10.
Uma análise dos números das compras digitais
As compras são uma parte essencial na vida de qualquer pessoa. Sejam por motivos pessoais, familiares ou profissionais, as pessoas compram. E com o avanço dos e-commerces e plataformas de venda online, as compras através da internet se tornaram um hábito comum para a maioria da população.
Porém, quais são os insights que conseguimos trazer disso?
Status de compras semanais de acordo com usuários:
- Comprou um produto ou serviço online: 56.1%
- Encomendou mantimentos através de uma loja online: 28.2%
- Comprou um item usado através de uma loja online: 11.8%
- Usou um serviço de comparação de preço: 20.6%
- Usou um serviço “compre agora, pague depois”: 16.0%
- Porcentagem de usuários da internet que compram semanalmente via online: 56.1% (58% no Brasil)
Por que as pessoas escolhem comprar online?
Apesar de sabemos que as compras online se tornaram um hábito comum, é preciso entender porque as pessoas compram. Isso é essencial para montar estratégias que conversem com as intenções de compra dos usuários.
Os negócios que pretendem abrir um ecommerce precisam analisar e entender esses números. E também usá-los para aumentar suas taxas de conversão através de estratégias eficazes.
Outro ponto que ficou evidente dentro do relatório foi a importância da experiência do cliente. Isso porque boa parte dos consumidores utiliza as avaliações de outros clientes como critério na hora de decidir comprar.
O que mais influencia os usuários na hora de comprar online?
- Frete grátis: 50.6%
- Cupons e descontos: 39.3%
- Política de devolução fácil: 33.2%
- Processo de checkout fácil e rápido: 30.6%
- Avaliações de outros clientes: 30.5%
- Entrega no próximo dia: 30.4%
- Pontos de fidelidade: 27.2%
- Possibilidade de pagar com dinheiro na entrega: 19.8%
- Muitos likes ou bons comentários nas redes sociais: 19.4%
Gastos anuais em categorias de bens de consumo no e-commerce (somente B2C, USD)
- Eletrônicos: $781.3 bilhões
- Fashion: $673.6 bilhões
- Comida: $370.7 bilhões
- Bebidas: $209.3 bilhões
- Hardwares e DIY: $201.8 bilhões
- Móveis: $188 bilhões
- Mídia física: $182.7 bilhões
- Cuidados pessoais e domésticos: $151.2 bilhões
Além disso, nos últimos anos, vimos uma explosão na quantidade de plataformas de e-commerce que se tornaram gigantes, tanto no cenário brasileiro quanto no internacional.
Apps de compras mais usados:
- Amazon
- Shopee
- Flipkart
- Shein
- Meesho
- Lazada
- Aliexpress
- Temu
- MercadoLibre
- Myntra
Apesar de alguns desses aplicativos não serem relevantes no Brasil (Flipkart, Meesho e outros), alguns deles são os líderes dentro do cenário nacional, como Shopee, Shein e Mercado Livre.
O brasileiro é um dos maiores usuários de internet no mundo
O Brasil se tornou uma potência quando o assunto é marketing digital. E um dos motivos que mais contribui para isso é o fato de que a grande maioria da população brasileira está na internet.
- A população do Brasil é de 217 milhões de pessoas
- 96,9% da população brasileira utiliza dispositivos móveis (210,3 milhões)
- 86,6% da população brasileira usa a internet (187,9 milhões)
- 66,3% da população brasileira usa as redes sociais (144 milhões)
No Brasil, os números são ainda mais otimistas para quem trabalha com o digital. Afinal, a penetração da web permanece em um nível elevado e houve um acréscimo de 6,1 milhão de usuários entre 2023 e 2024. Talvez isso seja reflexo do fato de que 87,9% dela se concentre em áreas urbanas, o que comprova o potencial do marketing digital no País.
- O tempo médio de uso de internet no mundo é de 6 horas e 40 minutos por dia
- O Brasil é o segundo país no ranking de média de uso diário de internet (9 horas e 13 minutos)
- Aplicativos de mensagens (94,7%), redes sociais (94,3%) e mecanismos de busca (80,7%) são os tipos de plataformas mais utilizados no mundo
- A busca por informações é a principal razão para acessar a web (60,9%)
O Brasil é segundo no ranking de países que passam mais tempo online
A África do Sul lidera o ranking de países que mais passam tempo online (9 horas e 24 minutos), seguida por Brasil (9 horas e 13 minutos) e Filipinas (8 horas e 52 minutos).
A América do Sul ocupa 4 das 10 maiores posições. Juntam-se ao Brasil a Colômbia (8 horas e 43 minutos), a Argentina (8 horas e 41 minutos) e o Chile (8 horas e 31 minutos).
País | Tempo gasto usando a internet |
África do Sul | 09:24 |
Brasil | 09:13 |
Filipinas | 08:52 |
Colômbia | 08:43 |
Argentina | 08:41 |
Chile | 08:31 |
Rússia | 08:21 |
Malásia | 08:17 |
Emirados Árabes Unidos | 08:11 |
Tailândia | 07:58 |
A pesquisa mostra, ainda, que quanto mais velha a população, menos tempo ela passa conectada. Em média, usuários entre 16 e 24 anos passam 435 minutos online (7 horas e 25 minutos), enquanto aqueles entre 55 e 64 anos gasta 315 minutos na internet (5 horas e 15 minutos.
Os apps de conversação (como WhatsApp, WeChat, Telegram e Messenger) lideram as pesquisas quando questionados sobre as plataformas utilizadas nos últimos 30 dias. As redes sociais vêm na sequência, mas é importante lembrar que muitas delas possuem chats integrados.
Os mecanismos de busca ocupam a terceira posição. Pouco mais de 4 em cada 5 participantes da pesquisa afirmam que usam serviços como Google e Bing mensalmente.
As compras aparecem em quarto lugar, com pouco menos de três quartos de todos os usuários da Internet envolvidos em algum tipo de atividade de comércio eletrônico por mês. Já as notícias são referenciadas apenas por 40,3% dos respondentes.
Sites e apps mais usados | Percentual de entrevistados que visitaram |
Chat e Mensagem | 94,7% |
Redes Sociais | 94,3% |
Mecanismos de Busca | 80,7% |
Compras | 74,3% |
Mapas ou Serviços Baseados em Localização | 54,4% |
YouTube é maior rede social do Brasil; Pinterest é a que mais cresce
O número total de usuários do YouTube classificam a rede social como a maior do país: 144 milhões. Apesar disso, seu crescimento foi de apenas 1,4% em relação a 2023.
O Instagram é a segunda colocada, com 134,6 milhões de usuários, mas a taxa de crescimento é mais promissora, com 18,6%. Apesar disso, ainda fica abaixo do TikTok, que cresceu 19,9% em um ano. Já o Pinterest apresentou o maior ganho percentual: 32,4%.
Por outro lado, as mídias sociais X (antigo Twitter) e SnapChat apresentaram decréscimo no número de usuários. Respectivamente, −8,9% e −10,7%.
Plataforma | Número de usuários (2024) | Crescimento em relação a 2023 |
YouTube | 144 milhões | 1,4% |
134,6 milhões | 18,6% | |
111,3 milhões | 2% | |
TikTok | 98,59 milhões | 19,9% |
68 milhões | 15,3% | |
37,14 milhões | 32,4% | |
X | 22,13 milhões | − 8,9% |
SnapChat | 6,84 milhões | − 10,7% |
Os mais jovens são os maiores usuários da Internet
É preciso destacar que há diferenças quando esses dados são observados na perspectiva geracional. As redes sociais sobem para a primeira colocação para jovens entre 16 e 24 anos. Além disso, o interesse pelas plataformas de música decaem gradualmente de acordo com o avanço da idade. Ao mesmo tempo, o email percorre o sentido inverso, sendo progressivamente mais utilizado pelos mais velhos.
Apesar do tempo gasto em plataformas interativas, a informação lidera a lista de razões pelas quais os usuários utilizam a internet, sendo citada por 60,9% dos usuários. Na sequência, 56,6% citaram “manter contato com amigos e familiares”, e 52,3% dizem adentrar a web para assistir vídeos, shows e filmes.
A busca por produtos e marcas recebeu a atenção de 43,7% dos respondentes, enquanto o setor de serviços (lugares, férias e viagem) foi responsável por 37,9% das referências.
Principais razões para usar a internet | Percentual |
Encontrar informações | 60,9% |
Manter contato com familiares e amigos | 56,6% |
Assistir vídeos ou programas | 52,3% |
Manter-se atualizado sobre notícias e eventos | 51,9% |
Pesquisar sobre como fazer coisas | 49,4% |
Encontrar novas ideias e inspiração | 46,1% |
Acessar e escutar músicas | 45,1% |
Pesquisar por produtos e marcas | 43,7% |
Passar um tempo navegando | 42,6% |
Estudar | 38,8% |
O avanço da internet no Brasil
No Brasil, a penetração alcança 86,6% da população. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2023, esse número é ainda maior para as classes A, B e C, em que, respectivamente, 97, 95 e 88% de usuários relataram ter utilizado a internet em 2023. Para as classes D e E, o percentual alcançou 69%.
Segundo o estudo, as regiões Sul e Sudeste são aquelas com valores maiores: 88% e 87%, na ordem mencionada. Esses números são importantes para quem deseja segmentar as suas campanhas por região, uma vez que as áreas em que as pessoas possuem maior acesso a internet se tornam mais atraentes.
Porém, isso não é motivo para ignorar outras regiões. Conquistar novos mercados é essencial para qualquer empresa que busca crescer.
A importância dos insights do Global Overwiew 2024
Qualquer negócio que busca crescer online precisa saber onde seu público está, o que está fazendo e por que faz as compras que faz. E é por isso que entender os números de uma pesquisa como essa é tão importante.
Qualquer estratégia de sucesso é baseada em dados e um planejamento guiado pelos números em questão. O brasileiro é o segundo povo que mais passa tempo na internet, logo, se a sua empresa não tem uma estratégia eficaz, ela está perdendo clientes em potencial.
A internet ainda é a terra das oportunidades, especialmente em um país que a consome tanto, como é o caso do Brasil. Por isso, nossos conteúdos focam em educar os empreendedores e profissionais das mais diferentes áreas em relação a tudo que um negócio pode fazer para crescer utilizando a internet.
Quer saber mais? Acesse os textos do nosso blog e mantenha-se informado e atualizado sobre tudo que há de mais relevante dentro do universo do SEO e marketing digital.