Estudo lançado pela PowerReviews na segunda metade de 2016 mostrou que já é realidade uma especulação que vinha sendo feita há alguns meses: a Amazon ultrapassou o Google em número de buscas por produtos no varejo online.
Segundo a pesquisa, realizada nos Estados Unidos, 38% dos usuários iniciam suas buscas por produtos diretamente no buscador da Amazon, enquanto 35% deles utilizam outros mecanismos de busca, como Google, Bing e Yahoo — sendo o Google o mais utilizado.
Dentro dos 35%, 41% clicam em resultados da Amazon, 41% vão para outros sites de varejo e somente 18% desses consumidores clicam em sites de grandes marcas. Da parcela de usuários que utilizam os buscadores, 52% clicam em produtos anunciados no Google Shopping.
O exemplo da Amazon
Entre os motivos pelos quais o buscador da Amazon é o preferido, estão: variedade de produtos (79%), frete grátis (64%), melhores negócios (60%), maior número de resenhas sobre produtos (55%), maior capacidade de pesquisa (54%) e boa experiência mobile (29%).
Ao olhar para o quadro de maneira geral, podemos identificar dois pontos fundamentais no ganho de usuários da Amazon: boa personalização de resultados e boa experiência do usuário.
O primeiro ocorre porque uma boa variedade de produtos significa uma boa variedade de opções que cabem no interesse do comprador. Quanto maior o histórico de compras daquele usuário, mais informações o buscador têm para oferecer a ele produtos “compráveis”.
O segundo ponto nos diz que, ainda que não seja possível concorrer com a gigante Amazon em termos de variedade de produtos e frete grátis, um exemplo a ser absorvido por players concorrentes e e-commerces de maneira geral é o conteúdo gerado pelos próprios usuários, como a classificação de produtos, resenhas, perguntas e respostas.
Dos compradores entrevistados, ao se depararem com um site sem resenhas sobre os produtos que desejam, 45% voltariam aos buscadores, 40% para a Amazon e 15% iriam para uma marca concorrente.
O Google está perdendo esses consumidores?
Não. E nem há especulações de que isso possa acontecer no futuro. Apesar do crescimento em buscas na Amazon ter sido ligeiramente maior que o dos motores de busca, os números não têm uma grande disparidade entre si. Com os próximos aprimoramentos do Google Shopping, essa diferença pode ficar ainda menor.
E você, o que acha das mudanças recentes no mercado de compras online? Deixe seu comentário!