Ter um blog no site da sua empresa ainda é uma dúvida para você? No conteúdo de hoje, saiba como é, hoje, o consumo de conteúdo em blogs e saiba por que ainda vale a pena investir neste formato de conteúdo.
Vou contar uma historinha rápida… Num dia comum de trabalho, eu era o responsável por elaborar o planejamento de conteúdo para um de nossos clientes. Durante o levantamento de pautas, de repente, alguém me perguntou: “As pessoas ainda leem blog?”
Minha resposta de imediato foi a seguinte: “Sim, as pessoas ainda leem blog!”
No mesmo momento, um sentimento de insatisfação me disse que essa resposta estava longe de ser convincente. E aí eu mesmo comecei a me questionar se as pessoas de fato ainda liam artigos de blog.
Então percebi o quanto é importante dar sentido a qualquer coisa que esteja fazendo, ter a certeza de que uma ação está sendo preparada para efetivamente obter um resultado. Isso até parece óbvio, mas eu tenho certeza que você concorda comigo se eu disser que a realidade não é bem assim.
Analisando a resposta com mais cuidado, a primeira coisa que me chamou atenção foi esse “ainda”, implicitamente sugerido. A ideia de que por algum motivo as pessoas liam antes e não lêem mais. O que teria acontecido ou o que teria levado as pessoas deixarem de ler artigos de blog a ponto de nos perguntarmos, afinal, se as pessoas AINDA leem blogs?
O que aconteceu de lá pra cá?
Eu, você e todo mundo usamos a internet para basicamente nos informar, aprender, comprar, vender coisas, se divertir e para muitas outras finalidades.
Em meio a este universo passamos por todo tipo de formatos de conteúdos:
- Vídeos
- Webinars
- Emails
- Imagens
- Podcasts
- E-books
- Infográficos
- White Papers
- Memes (!)
Seu Facebook ou o seu Instagram, por exemplo, são inundados diariamente por vídeos e outros tipos de conteúdo visual.
Mas e os blogs? Eles ainda são relevantes?
Há muitos motivos para afirmar que SIM, OS BLOGS CONTINUAM E CONTINUARÃO SENDO MAIS RELEVANTES DO QUE NUNCA.
Aliás, os blogs só existem porque as pessoas os leem. Você não está lendo este artigo?
Novos paradigmas
Nos últimos anos, nosso comportamento na internet trouxe mudanças significativas sobre como lidamos com diferentes tipos de conteúdo. Dizer, no entanto, que cada vez menos estamos lendo pode ser uma armadilha e tanto. Não se trata exatamente do quesito tempo, mas de como chegamos à informação. Ou seja, qual é a resposta ou o tipo de conteúdo mais adequado para você de acordo com a sua experiência e necessidade naquele momento.
É uma questão de dinâmica. Ler um livro não é a mesma coisa que ler um artigo em um blog. Assim como ler um artigo científico não é a mesma coisa que ler um artigo de blog.
E quando falamos sobre pesquisas no Google, estamos lidando com uma pessoa que dispõe de apenas alguns segundos para encontrar uma resposta que irá ajudá-lo a tomar uma decisão importante naquele dia.
O próprio Google te ajuda a fazer isso:
A partir de uma busca que eu fiz no Google por “como resetar airpods”, o algoritmo destaca o texto com o conteúdo mais relevante para mim. Não foi preciso ler o texto inteiro.
O Google sabe que a qualidade dos seus produtos depende do atendimento desse tipo de comportamento. É por isso que desde junho de 2020 o buscador lançou essa nova feature:
Nossos olhos passam rapidamente pelos parágrafos, subtítulos, bullet points, listas e imagens sem uma ordem específica, pois estamos apenas escaneando certas frases ou palavras com o único objetivo de encontrar a informação o mais rápido possível. Isso quando não acionamos o Ctrl + F para encontrar diretamente o termo que estamos buscando.
Comportamento orientado a palavras-chave
Apesar das inúmeras maneiras de se consumir conteúdo na internet, cada vez mais pessoas continuam lendo e escrevendo blogs. Essa demonstração de força se deve também a um fato muito evidente: mecanismos de busca.
Não acessamos mais esse ou aquele site digitando o seu endereço. Nós apenas realizamos buscas. Realizamos buscas o tempo todo.
Seja digitando diretamente na barra de endereço do navegador (que já é o seu buscador) ou através do assistente de voz nativo no seu smartphone ou computador, procuramos por informação através de termos e frases curtas. Nosso comportamento é 100% orientado a PALAVRAS-CHAVE.
E isso acontece simplesmente pelo fato de não estarmos sempre à disposição para consumir um vídeo, um podcast ou um streaming.
Fica claro agora que o fato de existirem bilhões de páginas com conteúdo escrito na internet não é uma mera alternativa a outros tipos de conteúdo, mas na verdade é tão importante quanto qualquer outro formato de informação.
Otimização de conteúdo para o Google
Mecanismos de busca basicamente procuram por informação. Eles rastreiam páginas na internet, indexam essas informações e exibem para você os resultados mais relevantes de acordo com a intenção de busca que foi realizada.
Este processo — rastrear, indexar, exibir — ocorre numa fração de milésimos de segundo e leva em conta centenas de fatores correlacionados, dentre eles palavras-chave.
Quando um texto se utiliza de palavras-chave, termos e sinônimos, ele passa a ser moldado por um campo semântico. E é este campo semântico que o Google e outros mecanismos de busca precisam para entender a sua intenção de busca.
Por exemplo, a palavra “mercúrio” precisa estar acompanhada de um contexto, de um campo semântico, de outras palavras relacionadas, de imagens, de links e de outras referências para entender se estamos procurando informações por um planeta ou por um elemento químico.
Portanto, termos como “universo”, “via-láctea”, “espaço” e “sistema solar” fazem parte parte de um campo semântico muito mais rico do que termos como “Hg”, “temperatura”, “pressão” e “metal”.
Assim, os buscadores sabem que você está procurando por informações relacionadas a um planeta e não um metal líquido.
É por isso que existe tanto conteúdo escrito na internet. As pessoas estão procurando por coisas a partir de basicamente um único lugar: Google. É por isso que os blogs são uma ferramenta extremamente eficiente para trazer visitas orgânicas.
Vale a pena ter um blog?
Assim como me perguntaram se as pessoas ainda leem blogs, eu é que pergunto agora: Por que você não tem um blog? Veja as estatísticas abaixo e tire suas próprias conclusões:
. Cerca de 42,7% de todos os sites no mundo utilizam um Sistema de Gerenciamento de Conteúdo (CMS). Destes, 65,2% usam WordPress. (W3 Techs)
. Em um único mês, em média, 70 milhões de novos posts são publicados no WordPress (WordPress)
. Posts de blog que utilizam imagens a cada 75–100 palavras têm duas vezes mais compartilhamentos do que artigos sem imagens (Hubspot)
. Cerca de 77% dos usuários na internet leem artigos de blog regularmente (Impact)
. 44% das pessoas que possuem um blog publicam conteúdo novo de três a seis vezes por mês (Orbit Media)
. O marketing de conteúdo é 62% mais barato que o marketing tradicional (Demand Metric)
. Estratégias de Marketing de Conteúdo produzem 3 vezes mais leads do que campanhas pagas (Content Marketing Institute)
. 60% das pessoas afirmam ler artigos de blog antes de realizar uma compra (Demand Metric)
. Trazer visitas para um site é a prioridade para 54% dos donos de negócio (State of Inbound)
. Mais de 88% dos usuários preferem consumir conteúdo orgânico ao invés de posts patrocinados (MarTech)
. 50% das pesquisas realizadas no Google possuem quatro palavras ou mais. Isso significa que metade das pesquisas no mundo são feitas para algo específico (Profound Strategy)
Ter um blog ou não ter um blog, eis a questão
O primeiro blog do mundo nasceu em 1997 e é atribuído ao norte-americano, Jorn Bargem, que chamou a atividade de escrever na internet de weblog. Um pouco depois, com a chegada da plataforma Blogger, os blogs se espalharam massivamente por todo o mundo.
A realidade do que eram os blogs nos anos 90 para os blogs de hoje é completamente diferente. Apesar de uma tendência ao desuso deste termo, definições à parte, o fato é que nunca na história da humanidade se produziu tanto conteúdo ou se obteve tanto acesso a ele.
Claro, essa gigantesca massa de textos pode até refletir num certo ônus, sendo fonte de alerta para o próprio Google impedir a disseminação de informações falsas ou de qualidade duvidosa. Esta é inclusive sua missão:
“Organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos.” – Google