Marco de 100 milhões de utilizadores diários ainda é bem abaixo dos números do Google
O Bing, um dos principais rivais do Google na disputa pelo market share de mecanismos de busca, alcançou uma marca histórica de usuários diários, de acordo com Yusuf Mehdi, Vice-Presidente de Vida Moderna, Buscas e Dispositivos da Microsoft, em uma postagem no blog oficial da empresa.
“Temos o prazer de partilhar que, após anos de progresso constante e o impulso dos novos milhões de utilizadores do Bing, cruzamos a marca de 100 milhões de utilizadores ativos diários”, disse o porta-voz.
O buscador atingiu o recorde um mês após o lançamento da nova funcionalidade incorporada à plataforma: o chat conversacional. Embora a MS não confirme essa informação, é muito provável que seja uma consequência natural da integração.
Outro fator que pode ter contribuído para a ascensão foram as atualizações do navegador Microsoft Edge, que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado. Inclusive, é acoplado ao sistema operacional Windows, um dos mais utilizados no mundo.
A busca pela penetração no mercado de browsers aquece ainda mais a disputa entre as duas companhias. Atualmente, o Google Chrome é líder na utilização, com 65,76% do market share (Statcounter, 14/03/2023).
Meta batida representa um avanço na corrida pela IA
No início de 2023, a Microsoft realizou um aporte bilionário na OpenAi, desenvolvedora do GPT-3 e do ChatGPT. Essas ferramentas de inteligência artificial generativa sacudiram o mercado de busca graças à facilidade de uso, linguagem natural e conversação contínua.
Grandes veículos de imprensa como The Washington Post e New York Times as colocaram como a primeira grande ameaça ao monopólio do Google em décadas.
Mais tarde, o Bing anunciou a integração do chat à sua página de busca, o que fez com que o Google instaurasse um “código vermelho” interno na corrida pela IA. Não demorou muito para uma resposta: o atual maior buscador do mundo prometeu o lançamento de sua própria ferramenta similar, o Bard, para 2023.
Nessa guerra tecnológica, é difícil prever quem sairá vencedor. No entanto, é difícil imaginar que o império construído pelo Google sofrerá uma queda.
Google ainda detém vasta maioria de usuários diários
Apesar da conquista notável, o Bing ainda está distante de causar maior incômodo ao Google. Ao alcançar os 100 milhões de usuários, um marco importante, o buscador da Microsoft chega a 10% do valor total de usuários diários do principal player, que é de 1 bilhão (The Verge, 2023).
O Bing não é a única plataforma que pretende ameaçar o reinado do Google. Buscadores que possuem a inteligência artificial acoplada ao mecanismo, como o You.com, emergem como alternativas para o usuário.
Além disso, a preferência dos jovens pelo consumo de conteúdo em vídeo e buscas em redes sociais, como o TikTok, é algo que preocupa a empresa. De acordo com uma reportagem do The New York Times, a mídia social é muito mais do que um aplicativo para vídeos de dança, mas um verdadeiro mecanismo de pesquisa.
Utilizadores do novo Bing precisam entrar em uma lista de espera
Embora o Bing possa ser acessado de qualquer navegador, por enquanto, ainda há algumas limitações para a utilização do chat conversacional. Para tal, é necessário entrar em uma lista de espera, e o número de solicitações ainda é restrito.
Na interface inicial do Bing, há uma área centralizada, localizada logo abaixo da barra de buscas, que apresenta a nova funcionalidade.
Para entrar na lista, é preciso clicar em “saiba mais” e solicitar a inclusão por meio de uma conta de e-mail da Microsoft.
Contudo, é possível aumentar as chances de acesso a partir do download do Edge, navegador oficial da Microsoft para Windows ou macOS. Ou por meio do Bing App, aplicativo equivalente para dispositivos móveis, disponível para Android ou iOS.
A corrida pelo market share dos mecanismos de busca promete ter ainda muitas voltas. Para profissionais de SEO, é muito importante manter-se atento a essas atualizações que podem significar uma nova realidade no universo da otimização.
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