Hoje, é dia de um daqueles posts super completos em que vamos falar das melhores estratégias de Marketing para E-commerce.
Para ser mais preciso, 30 estratégias que já vimos sendo aplicadas e contribuíram para o crescimento de diversos e-commerces.
E também vamos quebrar um mito sobre crescimento: o principal fator de crescimento de um e-commerce não é propriamente a venda, mas a retenção.
Dar grande importância à retenção é a mentalidade do Growth Marketing, o Marketing de Crescimento, que é a nova tendência para negócios que buscam crescer exponencialmente.
Está preparado? Então, vamos lá!
1. Absorva tudo que puder da mentalidade Growth Marketing
Growth Marketing (ou Marketing de Crescimento) é uma nova metodologia de marketing voltada para crescimento de negócios disruptivos e exponenciais.
Enquanto o marketing tradicional está habituado e direcionado para “administrar” os recursos de marketing, comunicação, ROI e geração de leads, o Growth Marketing propõe mais agilidade, pró-atividade e busca de crescimento constante.
O Growth Marketing é utilizado desde startups até grandes negócios digitais, como Facebook, Netflix, Uber, Google, etc.
Este post absorve muito da mentalidade de Growth, que trazemos para você, leitor da Conversion, poder aplicar em seu e-commerce ou seu negócio.
Nem tudo do Growth Marketing irá funcionar para todos os negócios, mas tudo que você puder absorver será extremamente rico.
2. Preço é importante, mas não é tudo: entregar valor por meio da experiência é tudo
O grande calcanhar de aquiles do varejo digital é o preço, que aliás mostrou a nossa pesquisa Consumidor Digital (2017): o consumidor foi “viciado” a comprar barato, mas há preços que inviabilizam a maioria das operações.
O ponto é: não dá para competir por preço eternamente, e a única maneira de fugir dessa guerra perdida é entregar valor para o consumidor e se tornar uma autoridade em um nicho.
Valor é aquilo que o cliente recebe. Preço é aquilo que ele paga para seu e-commerce. Encontre o equilíbrio entre os dois.
Um caminho para criar uma experiência única pode estar em ter produtos exclusivos, agregar serviços ou ter um e-commerce omnichannel.
Vender produtos por e-commerce só por preço deixará de ter valor, pois a concorrência só tende a aumentar.
Portanto, fica a pergunta: que valor real seu e-commerce entrega para o consumidor?
3. Foque não só em aquisição de clientes, mas em retenção, que é o verdadeiro motor do crescimento
Grande parte dos e-commerces está focada em trazer novos clientes; o problema disso é que essa é a parte mais cara do marketing.
Deve, claro, ser feita: mas é a retenção que irá permitir que o e-commerce cresça. Afinal, é mais barato vender para quem já comprou de você do que trazer novos clientes.
Para ter retenção, é importante que o e-commerce tenha recorrência no consumo de produtos ou tenha outros produtos para gerar cross e upsell.
Portanto, a capacidade de gerar retenção de clientes estará muito ligada ao seu portfolio de produtos e serviços.
Para entender a importância, observe os gráficos abaixo:
Cada um deles representa uma empresa; cada linha é o cohort (safra) de entrada de clientes e quanto de receita eles deixaram ao longo do tempo.
Observe que as linhas do primeiro exemplo tendem a zero, o que impede o crescimento — crescimento esse que há no segundo, justamente pela capacidade de retenção.
Falaremos mais adiante de análises Cohort.
4. Defina sua frequência de recompra ideal
Agora que você já sabe que precisa ter recompra para gerar retenção, defina a a frequência de pedidos ideal.
Não há um número mágico, e isso irá variar de segmento para segmento, e você poderá entender no próximo tópico.
Para exemplificar melhor, selecionamos alguns nichos de e-commerce e sua frequência de pedidos para marcas que agregam valor:
Segmento | Frequência ideal de pedidos |
---|---|
Viagens | Anual |
Eletrônicos | Semestral / Anual |
Moda | Mensal / Anual |
Cosmético e Beleza | Mensal / Anual |
Comida | Semanal / Mensal |
Você irá perceber que em cada caso é um caso, mas de qualquer modo você poderá sempre medir a sua frequência média considerando toda a base de clientes.
Essa atividade (assim como muitas outras que iremos apresentar aqui) pode ser feita em parceria com o departamento financeiro ou pelo time de marketing, mesmo.
5. Se não for perder o foco, faça testes de produtos com menor ticket e maior recorrência
Não há nenhum problema em comercializar produtos com frequência baixa (anual ou semestral), mas é preciso administrar as variáveis melhor que seus concorrentes.
Quando gerentes ou diretores de e-commerce têm acesso a essas informações que estamos apresentando, alguns deles resolve ampliar o seu mix de produtos.
Essa estratégia pode ser excelente, como também ruim… a questão é: seu negócio sabe administrar produtos de recorrência mais alta? Não vai desviar o foco?
Caso faça sentido, comece com um teste que não afete toda a sua operação: afinal, testar é tudo!
6. Rodar uma pesquisa NPS vai ajudar a entender a satisfação com seu e-commerce e gerar muitos insights
Não vou me aprofundar no conceito de NPS (Net Promoter Score), que é basicamente uma métrica de satisfação geral com uma empresa.
Medindo o NPS, você saberá qual a probabilidade de recompra e o potencial de gerar marketing boca a boca.
Para calcular a métrica, basicamente se pergunta: “Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você indicar a (Nome da Empresa) para um conhecido ou familiar?”.
Dos respondentes, se separam as respostas entre detratores, neutros e promotores; o cálculo final se dá pela diferença do percentual de promotores subtraído o percentual de detratores, vezes 100, conforme na imagem abaixo:
O NPS poderá variar de -100 a 100; sendo uma faixa de 50 um índice muito bom, e acima de 80 excelente.
Além disso, sempre que você roda uma pesquisa NPS recebe muitos feedbacks e tira excelentes insights do seu cliente.
Quer implementar o NPS? Nós sugerimos uma das 3 ferramentas
- Wootric: melhor relação custo x benefício
- Trakcsale: melhor suporte e ferramenta brasileira
- Hotjar: mais fácil de começar (funciona apenas On-Site)
Lembre-se: sem conhecer o seu cliente, e sem uma métrica para isso, o crescimento será muito mais difícil!
7. SEO: a Busca Orgânica deve ser o seu principal canal de tráfego para gerar rentabilidade
Os diretores de e-commerce mais inteligentes que eu já vi reconhecem a busca orgânica como o principal canal de tráfego para gerar rentabilidade.
“A busca orgânica gera rentabilidade, a busca paga gera escala”, eis é uma boa máxima.
Além disso, a busca orgânica gera Autoridade para a sua marca: digam o que quiser, estar na primeira página do Google aumenta a reputação de uma marca, e uma pesquisa nossa comprova isso:
Em um primeiro momento, o SEO irá trazer tráfego voltado diretamente para departamento, categoria e produto.
Depois, o blog será uma excelente estratégia para adquirir tráfego de topo de funil, com palavras-chave de buscas informativas e tráfego informacional e não transacional.
Para medir a participação do SEO na rentabilização do seu e-commerce, veja não só as conversões, bem como as conversões assistidas.
Caso queira entrar e se aprofundar no mundo do tráfego orgânico, leia este nosso Guia de SEO.
8. Aplique o SEO Extremo para gerar máxima visibilidade em suas páginas de departamento e categoria
SEO Extremo é uma metodologia de SEO criada pela Conversion para gerar otimizações profundas e que têm foco especial em páginas de departamento e categorias de seu e-commerce.
Com as otimizações profundas do SEO Extremo, a consequência é que a página que recebe esse tipo de otimização consiga rankear não para uma, mas para várias palavras-chave.
Encontramos embasamento para essa prática em um estudo de 2017 da Ahrefs, que demonstra uma forte co-relação entre uma página estar bem posicionada no Google e rankear para outros termos.
Uma página, por exemplo, na primeira posição costuma posicionar para outras 957 palavras (não necessariamente na primeira posição).
Esse número aumenta em palavras-chave com maior volume de busca: um site na primeira posição para um termo costuma rankear para outras 1.302 palavras.
Para entender melhor sobre o SEO Extremo, assista ao vídeo abaixo:
[youtube]h06Y8OIsPCw[/youtube]
9. Trabalhe em mídias pagas considerando a métrica de CAC e não o ROI – mas, muuita atenção!
CAC significa Custo de Aquisição de Cliente, e significa quanto custou para trazer um novo cliente para o seu e-commerce.
Essa é uma métrica ainda menos utilizada porque os gestores de e-commerce acompanham principalmente a métrica de ROI. E isso é ok, mas irá gerar limitações de crescimento.
Mas, por quê?
Porque o ROI geralmente está no fundo do funil, onde também está a maior concorrência; e a tendência é de o ROI diminuir, seja com a escala da campanha, seja ao longo do tempo (com aumento de bidding da concorrência.)
A melhor maneira de lidar com isso é ter um e-commerce que já tenha implantado as métricas de retenção e saiba exatamente qual o seu CLV (Customer Lifetime Value), do qual falaremos mais adiante.
Com isso, a métrica de ROI irá ser substituída pela relação de de CLV/CAC, que é, digamos assim, uma forma de medir o ROI mais estratégica e com visão de longo prazo.
10. Calcule o seu CLV (Customer Lifetime Value) e saiba quanto o seu cliente deixa de receita ao longo do tempo
CLV (Customer Lifetime Value) é uma métrica que indica o valor de vida dos clientes de uma empresa.
Essa métrica visa a dar uma visão estratégica de quanto um cliente deixará no e-commerce ao longo do tempo.
Há diversas formas de calcular o CLV, mas ele deve representar basicamente a margem bruta de venda que o cliente irá deixar em seu ciclo de vida.
Entenda no exemplo abaixo:
Valor por Venda | R$100,00 |
---|---|
Margem Bruta | R$50,00 |
Número de Pedidos Médio por Cliente | 16,5 |
CLV | R$825,00 |
Para entender melhor a importância do CLV, leia este artigo do Google; para aprender como calcular, este.
11. Faça análises Cohort e entenda sazonalidade e mídias que geram melhor CLV
A análise cohort é basicamente uma análise de safra de entrada de clientes, que mensura a recorrência de pedidos após a primeira compra e está intimamente ligada ao CAC e LTV.
Fazendo uma análise Cohort, você irá visualizar ao longo do tempo o quanto de receita (seja bruta ou líquida) os clientes adquiridos naquele período deixaram.
Essa análise pode ser feita tanto para um período específico, quanto para canais e mídias diferentes.
A análise Cohort será útil no último caso o seu modelo de atribuição seja mais simples ou caso você separe as mídias com função de assistência e de conversão.
Imagem retirada deste guia da PPC Hero, que aliás recomendamos a leitura.
12. Invista na comunicação do cada pedido com o seu cliente utilizando e-mail, SMS e push
Alguns departamentos de marketing de e-commerces pensam que o trabalho acabou quando o usuário compra: como você já percebeu, na verdade ele está apenas começando.
Um ponto de verdadeira atenção é a comunicação que você tem com o seu cliente após ele realizar a compra: este é o momento que o cliente se sente mais inseguro e faz perguntas do tipo:
– Será que fiz bem em comprar? Quando vai chegar? Será que vai demorar muito?
Uma solução para isso é criar fluxos de mensagens transacionais, tanto por e-mail quanto por SMS, para dar o status do pedido.
Informe quando o pagamento for aprovado, quando o pedido for embalado, quando for despachado, quando for entregue.
Caso seu e-commerce tenha um aplicativo, esta estratégia pode ficar excelente com notificações push.
Você estar presente em cada micro-momento irá ajudar a aumentar a satisfação do seu cliente (NPS), bem como o seu CLV (Customer Lifetime Value).
13. Boca a boca é o seu melhor marketing: que motivos o cliente tem para indicá-lo?
Desde que o marketing é marketing, o boca a boca é a mais poderosa e barata ferramenta de aquisição de clientes. Em muitos casos, a rentabilização do negócio estará aqui.
Para nós, alguns elementos são chave para gerar um boca a boca:
O primeiro deles é um NPS elevado: busque algo acima de 50, mas a Nubank afirma ter o NPS de 87; o NPS é uma métrica que vai de -100 a 100.
O segundo é possuir um Posicionamento de Marca e Unique Selling Proposition claros;
O terceiro é o seu produto ou serviço ser capaz de mudar um hábito do consumidor.
Depois, você pode coordenar suas ações de marketing para criar demanda para sua marca com uma estratégia de Demand Creation, que pouco se fala e é muito poderosa.
14. Utilize estratégias de Demand Creation para as pessoas desejarem voltar para seu e-commerce e buscarem pela sua marca
Qual a campanha de Google Ads que gera o maior ROI para todo e-commerce?
A campanha institucional, de branded traffic, será a resposta certa para 99% dos e-commerces.
A resposta para esse resultado é bastante simples: a pessoa que está buscando já está interessada em sua marca.
As buscas pela marca são um grande ativo de uma empresa; observe o crescimento da Uber:
O grande desafio é aumentar o interesse pela sua marca; todas as 28 estratégias de marketing para e-commerce contidas neste artigo ajudam.
Mas e se nós falássemos que há uma estratégia focada nisso?
Apesar de poquíssimo divulgada, ela existe e se chama Demand Creation, e nós da Conversion fomos pioneiros em trazê-la para você no Brasil.
Para entender como criar uma estratégia de Demand Creation, leia este nosso guia completíssimo e entenda como há estratégias direcionadas a aumentar as buscas pela sua marca.
15. Assim como o Uber, crie um programa de indicação, gere cupons e bonifique seus clientes
Boca a boca é um dos marketings mais poderosos, certo? Então, que tal potencializar isso com um programa de indicação?
Há diversas formas de trabalhar o marketing de indicação.
Um ótimo exemplo é o do Uber, que gera um cupom de descontos para ser compartilhado com os seus amigos.
O exemplo é bom porque gera benefício para a empresa (que aumenta a aquisição de clientes a um custo baixo), para quem é indicado (que pode testar o serviço gratuitamente ou com um bom desconto) e para quem indica (que recebe descontos em futuras compras.)
Estratégias de marketing de indicação amarram diversas pontas de uma operação e podem (na verdade, devem!) ser calibrados com a análise Cohort da aquisição desse canal.
Pelo nosso entendimento, esse tipo de incentivo ainda pode vir a colaborar para um aumento da satisfação do cliente no NPS, uma vez que ele se sente responsável pelas indicações que faz.
16.Content Experience: crie páginas que privilegiem Experiência do Usuário e Conteúdo
Outra metodologia e estratégia de marketing muito poderosa, que a Conversion trouxe com pioneirismo para o mercado brasileiro, foi o Content Experience, que é uma evolução do marketing de conteúdo.
Em síntese, Content Experience faz a unificação das competências de Experiência do Usuário (UX) e Marketing de Conteúdo, além de ser extremamente poderoso para SEO.
Dois bons exemplos de e-commerce de marcas líderes que têm um bom trabalho de Content Experience são a Brastemp e a Growth Supplements, que também são clientes da Conversion.
Para se aprofundar no Content Experience, sugerimos dois artigos: O que é Content Experience? e o Guia de Content Experience.
17. Faça SERP Domination, domine a mente do seu consumidor e seja um Top of Mind
Há uma estratégia de Marketing que eu gosto muito e ela é extremamente válida se você deseja posicionar uma marca para uma categoria de produtos ou serviços.
Essa estratégia é muito simples e pode ser considerada cara, mas ajudará muito no posicionamento de sua marca, a aumentar sua autoridade, gerar mais boca a boca e aumentar as buscas pela sua marca.
Ela consiste em SERP Domination! Mas o que é isso?
SERP Domination consiste em você dominar uma SERP (Search Engine Results Page), isto é, a página de resultados do Google, tanto no orgânico quanto no pago (com o Google Shopping e link patrocinado).
Para entender, imagine o exemplo totalmente fictício: que a Casas Bahia quisesse ser o principal ponto de venda e assistência técnica de iPhone no Brasil.
Partindo do pressuposto de que o Google é como o cérebro humano (que retém e organiza as informações), só que na nuvem, a empresa iria dominar aquelas buscas para fazer sua marca se tornar sinônimo daquela categoria.
Afinal de contas, o que é primeiramente lembrado é preferencialmente comprado, é em outras palavras top of mind.
18. Se puder, rentabilize seu CLV com serviços de valor agregado
Lá no começo do artigo, falamos que a experiência do consumidor é fundamental; e que valor é aquilo o que seu cliente recebe, enquanto preço é aquilo que ele paga.
Em muitos mercados, há grandes oportunidades de vender serviços atrelados a produtos do e-commerce.
Para não poucos e-commerces, o modelo de negócios é gerar clientes com um CAC razoável e rentabilizar na prestação de serviços.
Os principais serviços são:
- Instalação
- Manutenção
- Educação
Mas que tipos de e-commerce podem fazer isso?
Basicamente, todo tipo de produto que tem instalação complexa e exige manutenção.
Em certos nichos, é possível vender cursos educacionais para a sua base; um caso disso poderia ser empresas que vendem drone ou qualquer outro produto cujo manuseio exige conhecimento.
No futuro, o mercado de serviços e educação atrelado a um e-commerce irá crescer bastante.
19. Em e-commerces de moda, beleza e ‘life style’, teste usar algum aroma dentro da embalagem
Há uma grande tendência de que as marcas se tornem um life style: elas fazem com que seus consumidores façam parte de uma tribo.
Se o seu e-commerce é um life style, de moda ou de beleza, utilizar aromas na embalagem pode ser uma estratégia de impactar novos sentidos do consumidor e melhorar a sua experiência.
Essa estratégia também tem sido muito comum em shopping centers e há marcas, como a Melissa, que usa e abusa disso.
Porém, aqui vale um alerta: há muitos consumidores sensíveis a perfumes em geral; portanto saiba que, ao utilizar essa estratégia, poderá ter alguns ruídos e afugentar os clientes mais sensíveis.
20. Parece óbvio, mas vale a pena enviar e-mail marketing continuamente
Apesar de ano após ano caírem as taxas de abertura de e-mail (em partes, pela profusão de novos canais), o e-mail marketing continua fundamental para os e-commerces.
Em nosso entender, o e-mail marketing é importante por si só como uma estratégia de estar presente na vida dos consumidores: mesmo que muitos nem abram, eles lembrarão de sua marca.
Porém, é claro que vale muito mais gerar recompras do que apenas ser visto: o e-mail marketing é uma das ferramentas mais importantes para aumentar seu CLV (Customer Lifetime Value).
Não precisava dizer, mas não custa lembrar: trabalhe exclusivamente com bases opt-in, para garantir melhor entregabilidade e reputação (tanto de IPs quanto de marca.)
21. Invista em Marketing de Conteúdo de valor agregado, se puder
O Marketing de Conteúdo não irá funcionar para todas as empresas, mas irá funcionar para praticamente todas que entreguem valor agregado para o consumidor.
E-commerces, especialmente os que possuem marca própria, podem se aproveitar muito do impacto que o conteúdo gera na Jornada do Consumidor.
O Conteúdo é uma das maneiras menos intrusivas e desejáveis de o consumidor entrar em contato com a sua marca e é, também, um dos fatores de sucesso de uma estratégia de Demand Creation.
O conteúdo gera resultados especialmente se ligado a uma estratégia de SEO, que potencialize o tráfego orgânico.
Caso queira entender mais sobre o impacto do conteúdo em uma estratégia digital, leia o artigo: Afinal de contas, o Marketing de Conteúdo vende?
22. Em Social Ads, crie ofertas de combos para melhorar seu CAC
Procure sempre não só entender o seu público, como o momento em que ele está.
Enquanto o Google é uma mídia onde as pessoas vão procurar exatamente por alguma coisa, nas redes sociais as pessoas estão se entretendo e, provavelmente, dispersas entre diversos assuntos e perfis.
Por isso, ao anunciar em Social Ads (Facebook Ads e Instagram Ads) você precisa investir em uma comunicação que faça o usuário parar o que está fazendo.
Algo muito interessante são ofertas combo, que incluem dois ou mais produtos por um preço bastante atrativo.
Esse tipo de anúncio que trabalha com o método AIDA (Atenção, Interesse, Desejo e Ação) é extremamente eficiente e, com boas segmentações, podem proporcionar um ótimo CAC.
23. Criar produtos com sua própria marca: ofereça exclusividade e preço justo
Um dos grandes desafios do e-commerce é se diferenciar: afinal de contas, quando o produto é o mesmo o consumidor vai avaliar basicamente as variáveis preço x confiança da loja.
Essas duas variáveis são bastante limitadas e levam a uma guerra de preço que beneficia o consumidor, mas não é sustentável para o varejista.
Para sair dessa vala comum, uma estratégia é apostar em linhas próprias e marcas exclusivas, pois há maior controle sobre o preço – apesar de ser necessário outros tipos de investimento em marketing.
Este não é um caminho fácil a seguir, mas pode ser extremamente rentável e segue a tendência de DTC (Direct To Consumer), ou seja, de a indústria (ou distribuidor) vender diretamente para o consumidor, sem intermédio do varejo tradicional.
24. Use e abuse do Hotjar: ele possui muitos recursos para você entender seu cliente
Quem nos acompanha, sabe que somos fãs do Hotjar, uma ferramentinha tão simples quanto poderosa.
Diferentemente de ferramentas que prometem otimizar a conversão, a Hotjar é uma das melhores ferramentas para você entender e analisar a experiência do usuário.
No Hotjar, você consegue:
- Mapas de Calor
- Funil de Vendas (não complexos)
- Pesquisas e Enquetes, inclusive pesquisa NPS.
- Feedbacks, dentre outras.
A instalação é bastante simples, podendo ser feita no HTML do site ou pelo GTM (Google Tag Manager).
25. Invista em reviews de usuários: eles ajudam MUITO na tomada de decisão
Pensou que não íamos falar delas, não é mesmo?
As reviews são extremamente poderosas, tanto para atrair novos clientes a menor CAC (Custo de Aquisição de Cliente), quanto para gerar mais receita e aumentar o CLV (Customer Lifetime Value).
Reviews de sua loja e de produtos trabalham um importante gatilho mental, que é a prova social.
Ou seja, as pessoas tendem a comprar mais quando outras pessoas também compraram e ficaram satisfeitas.
Tanto que as avaliações de usuários aparecem como um dos principais fatores de decisão em casos de não conhecer a loja:
Um dos fatores de crescimento da Amazon foram as avaliações que os usuários faziam dos livros que compravam, tanto que ela chegou a ser um dos principais sites de pesquisas de livros.
26. Cuidado com mídias pagas que atribuem a si a conversão
Já ouviu o ditado “quando o filho é bonito, todo mundo quer ser o pai”, certo?
No e-commerce, quando uma venda ocorre todas as mídias querem atribuir para si a responsabilidade pela venda.
Não basta confiar apenas nos relatórios do próprio veículos, que puxam a sardinha para si.
É sabido que o modelo de atribuição do Facebook, por exemplo, é extremamente vantajoso para a plataforma: cada um anúncio tenha sido imprimido para quem compra, ele atribui para si a venda.
É claro que o Facebook é, hoje, uma mídia indispensável e capaz de gerar demanda de bons consumidores e nem de longe você deveria excluir de seu plano de mídia.
Mas há veículos que não ajudam em muita coisa e atribuem a venda para si, sem esforço e aumentando seu custo.
Um exemplo disso pode estar em certos programas de afiliados (não todos) e ferramentas que funcionam dentro do seu site.
Caso tenha dúvidas sobre a atribuição das mídias em que você investe, contate a sua agência e ajuste o plano de mídia para alcançar performance de verdade.
27. Acompanhe a métrica de conversões assistidas e se surpreenda!
Já que o assunto é modelo de atribuição, você poderá se surpreender com a importância de cada uma das mídias.
Há uma grande probabilidade que o Google Ads seja uma das mídias que receba a maior atribuição, seja porque ela realmente funciona, seja porque são compradas palavras-chave de marca.
Acompanhar as vendas de último clique é uma forma de ver, mas na maioria das vezes bastante limitada (em alguns casos, faz sentido).
Uma mídia que está cada vez mais importante nas vendas assistidas é a busca orgânica e o tráfego social, que participam das etapas de Awareness e Consideração em um funil de vendas, mas não necessariamente da Conversão.
Para acompanhar os números de conversões assistidas em seu e-commerce, você pode utilizar o seguinte relatório (e outros similares):
28. Store Visits: Mensure o tráfego de usuários do e-commerce em sua loja física
A Google está gradativamente liberando o recurso Store Visits, que vai computar as visitas à sua loja física que passaram pelo e-commerce.
Esse novo e importante recurso irá possibilitar uma melhor mensuração das estratégias de Omnichannel(on e off funcionando de forma única) e entender o impacto do digital no varejo físico.
Isso é importante especialmente no Brasil, onde o e-commerce representa apenas cerca de 5% de todo o varejo.
Para entender como configurar o Store Visits, confira esta documentação do Google ou contate a sua agência de performance.
29. Crie uma experiência Omnichannel: afinal de contas, o seu cliente é um só
Já que o assunto é omnichannel, vamos entrar de vez nele!
Há algum tempo, houve uma verdadeira corrida do ouro ao e-commerce e surgiram inúmeros players, mas nem todos sobreviveram.
No e-commerce não há balas de prata, mas um conjunto de esforços entre comercial, marketing, agência, financeiro e operação para oferecer mais valor para o consumidor.
Entre as estratégias que mais estão se provando está o Omnichannel, que integra as operações físicas e digitais de uma empresa.
Ele é uma extensão do conceito de “all-line”: hoje, não é mais uma questão de on ou offline, mas dos dois funcionando em conjunto, da continuação de ambos.
Se o seu negócio tem loja física, leve o seu consumidor para o e-commerce; se ele está no e-commerce, leve-o à loja física.
A experiência dele agradece, e os resultados de negócio também.
30. Pense e repense a Jornada do Consumidor: ser client-centric é o único caminho possível para crescer
Chegamos à última estratégia, e esta é a mais importante de todas. É a essencial. A primordial.
Falamos de diversas técnicas para seu e-commerce crescer, gerar vendas e retenção; mas todas elas estão em função da Jornada do Consumidor, que são as etapas que o consumidor vai percorrer para virar cliente de sua marca.
No fundo, estamos falando de agregar valor para o consumidor e proporcionar boas experiências.
Para conseguir colocar tudo isso em prática, é importante ser client-centric, ou seja, colocar o cliente como centro de tudo.
Pois, como diria Sam Walton, fundador do Walmart:
“Só existe um chefe: o cliente. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa simplesmente levando o dinheiro para gastar em outro lugar.”
É isso, esperamos que tenha gostado das estratégias de Marketing para E-commerce focadas em crescimento.
Boas vendas e melhor retenção!