A Conversion entrevistou 346 profissionais de marketing digital e dados mostram que de todos os que investem em link building, mais de 20% planeja investir ainda mais recursos nesta estratégia em 2022.
Um estudo desenvolvido com exclusividade pela Conversion constatou que mais de 80% dos profissionais que investem em link building no Brasil vêem resultados positivos em retorno.
A pesquisa, no entanto, expõe uma contradição acerca da percepção da importância deste trabalho no mercado nacional: de todos os quatro pilares que compõe uma estratégia de SEO (Conteúdo, On-Page, Técnico e Off-Page), o SEO Off-Page ocupa o último lugar no que diz respeito à distribuição de recursos dentro das empresas.
Mais da metade dos entrevistados (53,1%) alocam somente a menor parte de seus investimentos para estratégias externas ao site.
Ao serem questionados sobre quais aspectos mais contribuem para os resultados obtidos com SEO, somente 15% vê o Off-Page como primeira ou segunda opção, colocando este pilar novamente na retaguarda, atrás de On-Page, Técnico e Conteúdo.
Os dados acima revelam uma desconexão entre a real relevância do trabalho de link building e o valor atribuído a ele pelo mercado, uma vez que ele é visto, ao mesmo tempo, como o último esforço necessário e como um dos maiores índices de satisfação por seus resultados.
O cenário do link building no Brasil
De todos os entrevistados, um total de 42,4% investem em link building. Destes, mais de 20% pretendem aumentar esse investimento em 2022.
No que diz respeito às estratégias de link building mais utilizadas, os números geram preocupação com relação a práticas proibitivas.
O desenvolvimento de conteúdo (82,6%) é a principal estratégia, seguida por assessoria de imprensa / Digital PR e criação de ativos linkáveis.
Segundo o relatório State of Link Building 2021, desenvolvido pela Aira, agência americana especializada em SEO e Digital PR, o dado se equipara ao panorama internacional: 76% dos profissionais que participaram da construção do relatório utilizam Conteúdo com o objetivo de conseguir links como sua principal estratégia.
As técnicas de troca de links e compra de links, apesar de serem amplamente condenadas pelo Google, também surgem como opções, sendo utilizada por 35,4% e 5,5% dos entrevistados, respectivamente.
No entanto, os dados também mostram que os entrevistados têm consciência do risco: mais de 60% acreditam que a compra de links pode gerar penalizações do Google.
Apesar das duas principais técnicas de black hat para link building figurarem na pesquisa, as empresas estão começando a reverter este cenário: para 2022, quase 70% pretendem investir mais em produção de conteúdo com o objetivo de conquistar backlinks, 47,8% têm assessoria de imprensa e Digital PR no radar e 38,7% investirão mais em pesquisas de mercado.
O desenvolvimento de pesquisas de mercado e geração de dados são parte fundamental do trabalho de Data-Driven PR, conceito desenvolvido pela Conversion e que endossa a assessoria de imprensa orientada a dados como a principal estratégia de link building atualmente.
De todas as empresas que já investem nesta estratégia (48%), 71% pretendem alocar nela ainda mais esforços.
Metodologia
A pesquisa foi concluída com 346 profissionais de marketing digital acima de 18 anos.
26% dos entrevistados ocupam cargos de coordenação ou gerência, 22,6% são analistas e/ou especialistas.
33% trabalham em empresas privadas, 28,9% trabalham em agências e 22,3% trabalham em e-commerces.
O nível de confiança é de 90% e a margem de erro está em 4,5%.