Growth hacking é o uso de técnicas do marketing digital de forma experimental e com baixo custo, e seu objetivo é acelerar o crescimento de uma empresa.
Growth Hacking é uma metodologia dentro do marketing, com foco no crescimento rápido e escalável, utilizando experimentos para identificar as melhores maneiras de atrair e reter clientes.
O termo foi cunhado por Sean Ellis, quando ele procurava um substituto para seu cargo na empresa onde trabalhava.
Ao invés de um profissional de marketing tradicional, Ellis procurava alguém que tivesse um foco único em crescimento, independente das ferramentas ou técnicas utilizadas. Assim, nasceu o conceito de Growth Hacking.
O principal objetivo do Growth Hacking é encontrar oportunidades de crescimento que outros ignoram, utilizando a criatividade, o pensamento analítico e métricas para explorar novas estratégias.
Desde o seu surgimento, a metodologia tem sido amplamente adotada por startups e grandes empresas que buscam crescer de forma rápida e eficiente.
Onde o Growth Hacking pode ser aplicado?
Embora o Growth Hacking seja frequentemente associado ao marketing, sua aplicação vai muito além dessa área.
A metodologia pode ser utilizada em diferentes setores de uma empresa, como vendas, produtos e até mesmo atendimento ao cliente. Por exemplo:
- Vendas: A estratégia pode ser usada para otimizar o processo de vendas, identificando pontos de fricção e testando novas abordagens para aumentar a taxa de conversão.
- Desenvolvimento de Produto: No desenvolvimento de produtos, o Growth Hacking pode ajudar a entender quais funcionalidades atraem mais os usuários e como melhorar a experiência do cliente.
- Atendimento ao Cliente: Através de experimentos, é possível identificar maneiras de melhorar a satisfação do cliente e reduzir a taxa de churn.
Qual é a diferença entre Growth Marketing e Growth Hacking?
Growth Hacking e Growth Marketing são termos que, apesar de se relacionarem, diferem em abordagem e significado.
O Growth Hacking surgiu como uma prática focada em encontrar soluções rápidas e criativas para impulsionar o crescimento de startups com recursos limitados.
Ele envolve a realização de experimentos rápidos, muitas vezes fora das convenções tradicionais de marketing, para identificar atalhos que possam acelerar o crescimento de maneira significativa.
Por outro lado, o Growth Marketing é uma evolução do Growth Hacking, integrando as lições aprendidas dessa abordagem em uma estratégia mais holística e sustentável.
Enquanto o Growth Hacking pode ser visto como uma fase inicial, muitas vezes experimental, o Growth Marketing incorpora esses insights em uma estrutura mais ampla, que abrange todo o funil de vendas e se apoia fortemente na análise de dados e no planejamento estratégico.
Em essência, o Growth Marketing utiliza a mentalidade ágil e experimental do Growth Hacking, mas a aplica de maneira mais estruturada, visando o crescimento sustentável a longo prazo, ao invés de focar apenas em ganhos rápidos.
Os 3 pilares do Growth Hacking
Para aplicar o Growth Hacking de forma eficaz, é fundamental compreender e trabalhar com seus três pilares: Crescimento, Métrica Norte e Experimentos.
1. Crescimento
O primeiro pilar é o crescimento. O foco do Growth Hacking está em encontrar maneiras rápidas e eficazes de escalar uma empresa.
Isso pode envolver desde estratégias para adquirir novos clientes até métodos para melhorar a retenção dos já existentes.
O crescimento, no contexto do Growth Hacking, não é apenas uma métrica de sucesso, mas o objetivo principal que direciona todas as ações e experimentos.
2. Métrica Norte
O segundo pilar é a Métrica Norte, que é a principal métrica que orienta todas as atividades de Growth Hacking.
Diferente das métricas tradicionais, como receita ou lucro, a Métrica Norte é escolhida com base em seu impacto direto no crescimento. Pode ser, por exemplo, a Taxa de Retenção ou o CAC (Custo de Aquisição de Clientes).
A definição correta dessa métrica é crucial, pois ela serve como bússola para a tomada de decisões e a avaliação dos experimentos.
3. Experimentos
O terceiro pilar é a realização de experimentos contínuos. Growth Hackers utilizam o método científico para testar hipóteses sobre o que pode gerar crescimento.
Esses experimentos são rápidos, de baixo custo e baseados em dados, permitindo que as empresas aprendam rapidamente o que funciona e o que não funciona.
A chave é iterar constantemente, ajustando estratégias com base nos resultados obtidos.
Como aplicar o Growth Hacking na minha empresa?
Agora que entendemos os pilares do Growth Hacking, é hora de explorar como essa metodologia pode ser aplicada na sua empresa.
O ciclo de Growth Hacking envolve uma série de etapas, cada uma delas essencial para o sucesso da estratégia.
Vamos detalhar cada uma dessas etapas, mostrando como você pode implementá-las na prática.
1. Análise inicial
A primeira etapa do ciclo de Growth Hacking é a análise inicial, onde o objetivo é identificar problemas ou demandas que precisam ser resolvidas.
Para isso, é crucial olhar para dentro da empresa e mapear o que precisa de intervenção.
Uma excelente maneira de começar é analisando o funil de vendas e identificando gargalos que possam estar atrapalhando o crescimento.
Além disso, a qualidade dos dados é um fator determinante nesta fase.
Dados precisos e bem estruturados são a base para uma análise eficiente e para a identificação de oportunidades de crescimento.
Portanto, certifique-se de que sua equipe está utilizando ferramentas de análise robustas e que os dados estão sendo coletados de forma correta.
O funil de vendas do Growth Hacking
O funil de vendas no Growth Hacking é composto por cinco etapas principais:
- Aquisição: Como os usuários chegam até o seu produto ou serviço?
- Ativação: Os usuários estão tendo uma boa primeira experiência?
- Retenção: Os usuários estão voltando a utilizar o seu produto ou serviço?
- Receita: Como você está monetizando seus usuários?
- Indicação: Os usuários estão recomendando o seu produto ou serviço para outros?
Cada uma dessas etapas pode ser otimizada por meio de experimentos, visando melhorar o desempenho global do funil.
2. Idealização
Na fase de idealização, é hora de encarar os problemas identificados e levantar hipóteses sobre suas causas e possíveis soluções.
Uma abordagem eficaz é reunir a equipe para um brainstorming, onde todos os envolvidos podem compartilhar ideias e perspectivas. Quanto mais diversificada for a equipe, maiores serão as chances de surgirem hipóteses inovadoras.
É importante documentar todas as hipóteses levantadas, pois elas serão a base para os experimentos que serão realizados nas etapas seguintes.
A clareza na definição do problema e nas hipóteses é fundamental para garantir que os testes sejam bem direcionados.
3. Priorização
Com várias hipóteses em mãos, o próximo passo é a priorização.
Nem todas as ideias podem ser implementadas de uma vez, por isso é necessário avaliar quais têm maior potencial de impacto, são mais importantes para o crescimento e são mais fáceis de implementar.
Uma forma de fazer essa avaliação é utilizando um framework de priorização, como a matriz ICE (Impact, Confidence, Ease).
Essa matriz permite classificar as hipóteses com base no impacto esperado, na confiança na hipótese e na facilidade de implementação. A partir dessa classificação, as ideias mais promissoras podem ser priorizadas para testes A/B.
4. Testes
A fase de testes é onde as hipóteses são colocadas à prova.
Para garantir resultados confiáveis, é fundamental seguir uma abordagem científica.
Isso envolve definir claramente o experimento, a hipótese que está sendo testada, as métricas de acompanhamento, o resultado esperado e o cronograma de acompanhamento.
Aqui está uma estrutura básica para a realização de testes:
- Experimento: Descrição do que será testado.
- Hipótese: Qual é a suposição que está sendo testada?
- Métricas: Quais métricas de marketing serão utilizadas para avaliar o sucesso?
- Resultado esperado: O que você espera alcançar com o teste?
- Acompanhamento: Quando e como os resultados serão revisados?
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5. Análise de resultados
Após a realização dos testes, é hora de analisar os resultados.
Isso envolve comparar os resultados obtidos com as expectativas definidas anteriormente e avaliar o impacto na Métrica Norte.
A análise deve ser baseada em dados concretos e é importante entender não apenas se o experimento foi bem-sucedido, mas também por que ele teve o resultado que teve.
Com base nessa análise, você pode decidir se a ideia testada deve ser implementada em maior escala, ajustada ou descartada.
Dicas extras
Para aplicar o Growth Hacking com sucesso, é importante desenvolver uma cultura de experimentação dentro da sua empresa.
Isso significa que todos, desde a alta direção até os níveis operacionais, devem estar comprometidos com a ideia de testar e aprender continuamente.
Além disso, a agilidade nas ações é crucial.
Em um ambiente dinâmico, a capacidade de implementar rapidamente e ajustar conforme necessário pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Outro ponto importante é buscar feedbacks constantemente.
Entender a percepção dos clientes e colaboradores pode fornecer insights valiosos para a otimização contínua.
Mapear jornadas e ser data driven são outros aspectos essenciais.
Acompanhando a jornada do cliente de perto, é possível identificar pontos de melhoria e oportunidades de crescimento. E, claro, todas as decisões devem ser baseadas em dados.
Ferramentas para fazer Growth Hacking
Diversas ferramentas podem ser usadas em cada etapa do ciclo de Growth Hacking. Aqui estão algumas recomendações:
- Análise inicial: Google Analytics, Hotjar, SEMrush.
- Idealização: Trello, Miro, MindMeister.
- Priorização: Planilhas do Google, Airtable, ICE Score.
- Testes: Google Optimize, Optimizely, Crazy Egg.
- Análise de resultados: Data Studio, Tableau, Mixpanel.
Explorar as funcionalidades dessas ferramentas pode potencializar os resultados do Growth Hacking na sua empresa.
Por que fazer Growth Hacking?
Adotar uma estratégia de Growth Hacking traz inúmeros benefícios para a sua empresa. Entre os principais estão:
- Crescimento acelerado: O foco em experimentos e otimização contínua permite que as empresas cresçam mais rápido.
- Maior eficiência: Com uma abordagem orientada por dados, é possível identificar e eliminar ineficiências rapidamente.
- Inovação contínua: O Growth Hacking incentiva a experimentação constante, o que pode levar à descoberta de novas oportunidades de mercado.
Como se tornar um Growth Hacker?
Se tornar um Growth Hacker exige uma combinação de habilidades analíticas, criativas e técnicas. Aqui estão alguns passos para começar:
- Aprenda os fundamentos: Estude sobre marketing digital, análise de dados e metodologia ágil.
- Pratique: Envolva-se em projetos que permitam a aplicação de experimentos e otimização de processos.
- Leia livros sobre o tema: Alguns livros essenciais incluem “Hacking Growth” de Sean Ellis e “The Lean Startup” de Eric Ries.
- Busque formação: Cursos especializados, como o de Growth Marketing da Conversion, podem ser um grande diferencial.
O Growth Hacking é uma poderosa metodologia para empresas que buscam crescer de forma rápida e eficiente.
Com uma abordagem centrada em experimentação e análise de dados, é possível identificar e explorar oportunidades de crescimento que muitas vezes passam despercebidas.
Ao seguir o que você aprendeu aqui, você terá uma ótima base e estará no caminho certo para implementar com sucesso essa estratégia em sua empresa e alcançar resultados extraordinários.