Guia completo de Marketing Digital com dicas e estratégias

Maurício Schwingel
Maurício Schwingel

O Marketing Digital é um conjunto de estratégias para a promoção de produtos e serviços em canais digitais. O seu objetivo é usar os meios online para gerar valor, criar relacionamentos e fazer ofertas que satisfaçam as necessidades e os desejos dos seus clientes.

Ainda que você entenda a definição de Marketing Digital na teoria, na prática existem tantas estratégias para serem testadas que os conceitos podem ficar confusos, não é?

Principalmente se você é iniciante… É normal ficar se perguntando por onde começar e não saber qual caminho vale a pena seguir. 
Para te ajudar nos seus primeiros passos, preparamos esse guia completo do modo Conversion de fazer mkt digital. Confira!

O que é Marketing Digital?

O Marketing Digital é a evolução do Marketing tradicional para os meios online

Segundo Kotler — o pai do Marketing moderno —, o Marketing pode ser conceituado como:

Um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”.

Tradicionalmente, esses processos eram feitos no boca a boca, em mídias impressas, como jornais e revistas, e no rádio e na televisão. 

Com a popularização das mídias online, o Marketing passou a ser feito na web, em redes sociais, e-mails e sites, tornando-se digital. 

A diferença entre Marketing e publicidade

Apesar dos dois termos estarem intimamente relacionados, eles têm grandes diferenças. 

O Marketing é uma disciplina mais abrangente do que a publicidade. 

Enquanto a publicidade se limita a chamar a atenção do público para uma oferta específica de produto ou serviço, o Marketing estuda sobre o mercado e o comportamento do consumidor para entender como posicionar a marca

Fundamentos do Marketing Digital

Toda estratégia de Marketing tem como base 4 elementos fundamentais conhecidos como os “4Ps do Marketing”.

Também chamados de “Mix de Marketing” ou “Composto de Marketing”, são eles:

  1. Produto: refere-se ao produto ou serviço oferecido pela empresa. Isso inclui todas as características tangíveis e intangíveis do produto, como qualidade, design, embalagem, marca e variedade;
  2. Preço: diz respeito à estratégia de precificação adotada pela empresa. A empresa deve considerar fatores como custos de produção, concorrência, posicionamento de marca, demanda e objetivos ao definir sua política de preços;
  3. Promoção: envolve as atividades de promoção e comunicação utilizadas para divulgar o produto ou serviço. Isso inclui publicidade, ofertas de vendas, relações públicas, conteúdo, atendimento e outras táticas. A empresa deve escolher os canais e mensagens adequados;
  4. Praça: refere-se aos canais de distribuição utilizados pela empresa para disponibilizar o produto ou serviço aos consumidores. Envolve decisões sobre a escolha de canais de distribuição, logística, armazenamento, transporte e gerenciamento de estoque.

Essa teoria foi desenvolvida nos anos 60 por E. Jerome McCarthy, professor da Universidade de Michigan, mas foi popularizada por Kotler.

Segundo ele, “o Marketing Mix é o conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode usar para influenciar a resposta do comprador.”

Sendo assim, os 4 Ps representam as quatro principais áreas de decisão que uma empresa deve considerar ao elaborar o seu plano de marketing.

Entretanto, com a evolução do Marketing para o meio online, o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de novos modelos de produtos — como o pay-per-use, os clubes de assinatura e os  serviços freemium —,  mais 4 Ps foram adicionados a essa lista:

  1. Pessoas: destaca a importância das pessoas envolvidas na estratégia de Marketing Digital, incluindo tanto os profissionais de marketing responsáveis pela criação e execução das campanhas, quanto os consumidores que interagem com a marca online;
  2. Posicionamento: refere-se à percepção que os consumidores têm da marca em relação aos concorrentes no mercado. No Marketing Digital, isso inclui como a marca é percebida nos canais online, a diferenciação em relação aos concorrentes e a definição de uma proposta de valor clara. Por essa razão, é muitas vezes atribuído ao setor de Relações Públicas;
  3. Processos: é referente aos procedimentos e fluxos de trabalho utilizados para executar as atividades de Marketing Digital de forma eficiente, como a automação de marketing, a análise de dados, a gestão de projetos, entre outros.
  4. Performance: destaca a importância da medição e análise de desempenho das estratégias de Marketing Digital. Acompanhar métricas e KPIs relevantes permite às empresas avaliar o sucesso de suas campanhas e ajustar suas estratégias conforme necessário para alcançar melhores resultados.

Além desses, há ainda outros modelos e frameworks que adicionam outros Ps, o que pode variar conforme a fonte. 

Outros Ps do Marketing Digital

Os itens adicionais variam entre componentes como: 

  • Participação: participação de mercado da empresa em relação aos concorrentes;
  • Parceria: colaboração com outras empresas ou organizações para alcançar objetivos de marketing;
  • Prova: evidências tangíveis ou intangíveis que comprovam a qualidade ou benefícios do produto ou serviço;
  • Presença: visibilidade e à disponibilidade da marca ou produto em diversos canais, tanto online quanto offline;
  • Personalização: customização das interações e comunicações com os clientes para atender às suas necessidades individuais;
  • Paisagem: ambiente externo que influencia as atividades de marketing da empresa, como fatores econômicos, sociais, políticos e tecnológicos;
  • Propriedade Intelectual: proteção e o gerenciamento dos ativos intangíveis da empresa, como marcas registradas, patentes e direitos autorais.
  • Propósito: razão de ser da marca além de simplesmente vender produtos ou serviços.
  • Pós-venda: atividades realizadas após a venda do produto ou serviço, como serviços de suporte ao cliente, programas de fidelidade, solicitação de feedback e acompanhamento pós-compra.

Como criar uma estratégia de Marketing Digital do zero?

Naturalmente, há muitas variações estratégicas que podem ser implementadas conforme as  necessidades e capacidade de cada negócio — afinal, cada um tem seus objetivos próprios e particularidades. 

Dessa forma, a seguir, serão descritas algumas etapas básicas que fazem parte de boa parte das metodologias. 

1. Planejamento

O planejamento estratégico é a primeira e mais importante etapa de uma estratégia de Marketing Digital

Normalmente, nesse estágio inicial, é feito o Plano de Marketing Digital, documento que guia a atuação da marca nos canais digitais, estabelecendo um conjunto de atividades que devem ser desenvolvidas para alcançar o objetivo do planejamento. 

Para criar um bom plano, é necessário reunir algumas informações sobre o negócio, como os seus objetivos, o seu posicionamento no mercado e a sua relação com a concorrência, entre outros tópicos relevantes. 

1.1. Defina os seus objetivos e KPIs

Os seus objetivos de Marketing Digital precisam estar alinhados com o seu objetivo geral de negócio, caso contrário, o plano se torna sem propósito. 

A fim de estabelecer objetivos que façam sentido, você pode usar a metodologia SMART, definindo metas que sejam:

  • Específico (Specific): os objetivos devem ser bem definidos, evitando ambiguidades e fornecendo uma direção clara para as ações a serem tomadas;
  • Mensurável (Measurable): as metas precisam ser quantificáveis, permitindo que sejam monitoradas e avaliadas ao longo do tempo. Dessa forma, permitindo que o progresso seja acompanhado, identificando as áreas de melhoria. Ou seja, traduzidas em números;
  • Atingível (Achievable): crie objetivos realistas de acordo com os recursos e capacidades da empresa. Ou seja, evitando estabelecer metas inatingíveis que levem à desmotivação por parte dos colaboradores;
  • Relevante (Relevant): as metas devem estar alinhadas com os objetivos gerais da empresa e contribuir para o seu crescimento e sucesso a longo prazo. Com isso, garantindo que o esforço seja direcionado para áreas de real valor;
  • Temporal (Time-bound): É importante que as metas tenham um prazo definido para serem alcançadas. Isso irá criar um senso de urgência, evitando a procrastinação.

Um exemplo de meta SMART seria: aumentar as sessões orgânicas do e-commerce em 30% até o final do 1ª semestre. 

Para essa definição, você vai precisar escolher alguns KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho).

Em linhas gerais, um KPI é a métrica escolhida para definir e medir o sucesso e o progresso da estratégia em relação à meta final

Alguns KPIs comuns no Marketing Digital são a quantidade de cliques, o custo por cliques, a quantidade de leads e a quantidade de conversões. 

1.2. Faça uma autoanálise de negócio

Quais são as forças e fraquezas do seu negócio

Aqui, é hora de começar a estruturar a sua matriz SWOT pelos fatores internos. 

Olhe para a sua marca com o Mix de Marketing em mente e entenda, em cada um dos Ps, quais são os pontos fortes, que ajudariam o negócio a chegar no seu objetivo, e os fracos, que o atrapalhariam.

1.3. Faça benchmarking e análise de concorrência

Após a visão interna de negócio, olhe para o mercado e avalie os mesmo critérios da sua autoanálise

No seu benchmarking, considere os seus concorrentes diretos, mas também os líderes do setor. Mapeie onde eles são melhores e/ou piores do que o seu negócio a fim de encontrar oportunidades e lacunas do mercado. 

1.4. Estude pesquisas de mercado

As pesquisas de mercado são excelentes ferramentas para entender o ritmo do seu setor de atuação

  • O nicho está em tendência de crescimento ou retração? 
  • Existe alguma mudança de legislação prevista que vai impactar a sua demanda?
  • A preferência dos consumidores mudou nos últimos tempos?

1.5. Defina o seu público-alvo

Qual é o perfil de quem consome o seu produto ou serviço? 

Olhe para a sua base de clientes — ou, caso ainda não tenha, estude os consumidores dos seus concorrentes diretos — e entenda:

  • qual é a faixa etária do grupo?
  • qual é o gênero predominante?
  • qual é a faixa salarial?
  • onde eles vivem?
  • quais são os interesses e padrões de consumo?

A partir do seus clientes, também é possível elaborar um ICP (Perfil Ideal de Cliente).

 1.6. Escolha os seus canais de atuação

A partir das preferências do seu público-alvo, identifique quais canais online têm mais relevância e potencial de alcance

Aqui, você também já pode identificar quais formatos de conteúdos fazem mais sentido tanto para o seu público quanto para o canal escolhido: artigos? Infográficos? Vídeos?

Na hora de tomar essa decisão, lembre-se de que todo consumidor passa por uma jornada até a compra e diferentes canais têm papéis importantes em cada uma dessas fases

1.7. Descrição do fluxo de trabalho

Como metas bem estruturadas e entendendo como impactar o seu público-alvo, é preciso estabelecer processo eficiente para executar as tarefas, definindo etapas, ferramentas a serem utilizadas e critérios e prazos de aprovação, por exemplo. 

2. Execução

Com o Plano de Marketing Digital pronto, é hora de colocar a mão na massa.

Aqui é o ponto de início da implementação das práticas pré-definidas, geralmente dividida em três fases centrais

  • Criação: desenvolvimento das peças que serão utilizadas na estratégia, como textos, vídeos, imagens, áudios, entre outros; 
  • Distribuição: publicação das peças desenvolvidas na criação. O ideal é que tudo seja programado previamente para evitar eventuais imprevistos;
  • Monitoramento: acompanhamento em tempo real da distribuição para realização de correções ou ajustes pontuais. 

Por conta da necessidade de aceleração de campanhas, é muito comum que as etapas de criação e distribuição ocorram simultaneamente. Mas existem casos em que essas ações são realizadas separadamente para garantir o bom funcionamento. 

3. Análise de resultados

Embora existam ferramentas que podem auxiliar no recolhimento, estruturação e organização dos dados, a análise dos resultados é realizada a partir da inteligência humana. 

A seguir, veja alguns dos passos a serem seguidos durante essa etapa: 

  • Coleta de dados: as ferramentas de análise realizam o recolhimento de dados de maneira automática. Porém, muitas vezes são utilizadas múltiplas plataformas para tal. Assim, é necessário agregá-los; 
  • Estruturação de dados: muitas vezes os dados brutos precisam ser estruturados antes da interpretação, como no caso de perguntas abertas em pesquisas de mercado ou análise de sentimento em redes sociais; 
  • Análise quantitativa: a análise quantitativa leva em conta as métricas numéricas para avaliar se os objetivos foram alcançados;
  • Análise qualitativa: a análise qualitativa, por sua vez, leva em consideração a visão geral do público, que pode ser exemplificado por meio de elogios ou reclamações comuns para indicar pontos de melhoria; 
  • Interpretação de dados: análise cuidadosa para chegar a conclusões a partir dos dados; 
  • Composição de relatórios: para facilitar a comunicação com a equipe, é importante que os dados sejam reunidos em apresentações visualmente acessíveis e organizadas; 
  • Obtenção de insights: identificação de padrões, tendências e insights nos dados coletados que possam fornecer informações valiosas sobre o comportamento do público e o impacto das estratégias adotadas. Geralmente é realizada em reuniões com membros de diferentes squads.

O que é uma campanha de Marketing Digital

Uma campanha de Marketing Digital é um conjunto de atividades e ações realizadas em um período específico, com uma data de início e término definidas

Em outras palavras, é um ciclo dentro de uma estratégia contínua de marketing. 

Ao estabelecer um prazo, as campanhas podem ser avaliadas de forma mais precisa. 

Principais objetivos do Marketing Digital

Os principais objetivos das estratégias de Marketing Digital costumam ser os seguintes:

Vendas

O objetivo principal das estratégias de marketing online é impulsionar as vendas dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. 

Para tal, são elaborados sistemas que direcionam os clientes em potencial pelo funil de vendas, da conscientização à conversão.

Aproximação de potenciais compradores

A internet se mostra como uma ótima forma de se aproximar de potenciais clientes que sequer conhecem uma marca. Aqui, o objetivo é estabelecer uma conexão inicial e incentivar a interação com a marca. 

Isso pode ocorrer por meio das diversas plataformas online disponíveis. Esse é um objetivo comum para startups e empresas em estágio embrionário. Novamente, sua marca precisa ser vista para ser lembrada. 

Reconhecimento de Marca

A confiança é um ativo poderoso no mundo digital. É preciso construir uma marca que as pessoas não apenas reconhecem, mas também confiam. Para isso, o UGC (User Generated Content) se torna um grande aliado da sua marca. 

Geração de Leads

A geração de leads consiste em atrair potenciais clientes interessados nos produtos ou serviços da empresa. E com isso, capturar suas informações de contato para iniciar um relacionamento comercial. Esse é um dos grandes objetivos de marketing, pois é capaz de reduzir o custo de aquisição de clientes, por exemplo. 

O foco é maximizar o valor gerado em relação aos recursos investidos em campanhas de Marketing Digital. Em outras palavras, um melhor aproveitamento dos recursos. 

Aumento do tráfego

O aumento do tráfego costuma ser desejável pelas empresas. Tanto para melhorar a presença digital quanto sua utilização em modelos de negócio rentabilizados por meio de anúncios. 

No entanto, é preciso ter cuidado, pois o número de acessos nem sempre impacta positivamente na gestão do negócio. Por isso, isso acaba sendo considerado, em alguns casos, uma métrica da vaidade.

Estabelecimento de autoridade

Outro objetivo do Marketing Digital é o estabelecimento de uma imagem positiva, profissional e confiável para a marca ou seus representantes. Ao se firmar como uma autoridade em um assunto, a tomada de decisão por parte do consumidor é facilitada. 

Redução do ciclo de vendas

A aceleração do processo de compra ocorre em diferentes etapas dentro do funil de vendas. Por essa razão, esse objetivo é comumente atribuído a estágios distintos. 

Estratégias voltadas à automação, nutrição de leads e produção de conteúdo para facilitação do trabalho dos setores comerciais são frequentemente aplicadas para alcançar esse tipo de meta.

Educação de mercado

Especialmente em setores que envolvem inovação, a educação de mercado é um objetivo frequente. Nesse caso, sua função é conscientizar os consumidores para que compreendam a necessidade de uma nova ferramenta ou metodologia, por exemplo. 

Retenção de clientes

Em muitos casos, os objetivos de marketing são voltados à manutenção da carteira de clientes. Nesse âmbito, ações relacionadas a atendimento, suporte e sucesso do cliente são algumas das responsáveis pela previsibilidade do fluxo de receita. 

Em resumo, é mais barato vender novamente para um cliente recorrente do que adquirir novos clientes. Por isso, a retenção precisa ser um foco de qualquer empresa. 

Principais métricas e KPIs de Marketing Digital

As estratégias de Marketing Digital convergem em um ponto: o uso de dados para potencialização. Na web, tudo é metrificável. Contudo, é necessário abordá-las com um pensamento crítico, levando em conta não somente os números brutos, mas a correlação entre eles.

Em sua MasterClass de Métricas de Marketing Digital, Diego Ivo, CEO da Conversion, explica que “há empresas com maturidade suficiente para usar métricas mais sofisticadas”. 

Sob o argumento de que, com o passar dos anos, as métricas básicas não são mais suficientes para interpretar todas as nuances comerciais, ele as divide em três grupos distintos, das mais simples às mais refinadas. 

Esse é o conceito utilizado para exemplificar, a seguir, o funcionamento dos principais indicadores e KPIs. 

Métricas 1.0

Em essência, as métricas 1.0 são aquelas consideradas básicas. Elas estão disponíveis em plataformas de análise como o Google Analytics e são utilizadas como referência em boa parte das companhias. 

  • Cliques
    • Descrição: número total de vezes que os usuários clicaram em um link, anúncio ou CTA (Call to Action). Esta métrica indica o engajamento dos usuários com o conteúdo.
  • Impressões
    • Descrição: número total de visualizações de um anúncio, página ou conteúdo online. As impressões são importantes para avaliar a visibilidade do conteúdo, mas não indicam necessariamente interação.
  • Conversões
    • Descrição: número de ações desejadas realizadas pelos usuários, como compras, inscrições ou downloads. Essa métrica é crucial para medir o sucesso das campanhas em alcançar os objetivos estabelecidos.
  • Tempo de Permanência de Página
    • Descrição: quantidade média de tempo que os usuários passam em uma página específica do site. Esse dado pode indicar o nível de engajamento e interesse dos usuários no conteúdo da página.
  • Custo por Clique (CPC)
    • Fórmula: Custo de Mídia / Cliques
    • Descrição: preço médio pago por um anunciante quando alguém clica em um de seus anúncios na internet. Essa métrica é útil para avaliar o custo efetivo da aquisição de tráfego para o site.
  • Taxa de Cliques (CTR)
    • Fórmula: (Número de cliques / Impressões) x 100
    • Descrição: porcentagem de pessoas que clicaram em relação às pessoas que visualizaram um anúncio ou link. Uma alta taxa de cliques geralmente indica relevância do conteúdo.
  • Custo por Mil Impressões (CPM)
    • Fórmula: (Custo de Mídia / Impressões) x 1000
    • Descrição: preço pago pelo anunciante a cada mil unidades exibidas de um anúncio. Essa métrica é comumente usada em campanhas de publicidade online baseadas em impressões.
  • Taxa de Rejeição
    • Fórmula: (Número de Sessões com Páginas Únicas / Número Total de Sessões) x 100
    • Descrição: percentual de pessoas que chegaram a um site, não viram uma segunda página e saíram. Uma alta taxa de rejeição pode indicar que o conteúdo não é relevante ou envolvente para os usuários.
  • Taxa de Conversão
    • Fórmula: (Número de Conversões / Número Total de Visitantes) x 100
    • Descrição: proporção de pessoas que chegaram ao site e realizaram uma compra ou outra ação desejada. Essa métrica é essencial para avaliar a eficácia das campanhas em gerar resultados tangíveis.
  • Ticket Médio
    • Fórmula: Receita total / Número total de compras
    • Descrição: valor médio gasto por cliente a cada compra. Essa métrica é importante para entender o comportamento de compra dos clientes e identificar oportunidades de aumento de receita.
  • Return on Advertising Spend (ROAS)
    • Fórmula: Receita / Custo de publicidade
    • Descrição: retorno sobre o investimento em publicidade, calculado como a receita gerada dividida pelo custo da publicidade. Essa métrica é crucial para avaliar a eficácia das campanhas de publicidade em gerar lucro.

Métricas 2.0

Ao alcançar uma maior maturidade, uma empresa passa a utilizar as métricas 2.0, mais desenvolvidas. Aqui são solucionados alguns problemas detectados nas métricas 1.0, como o fato de que elas não consideram todo o ciclo de vida do cliente. 

  • Custo de Aquisição de Clientes (CAC)
    • Fórmula: Total de Custo de Aquisição de Clientes / Novos Clientes
    • Descrição: representa o custo médio de investimento necessário para adquirir um novo cliente. Isso inclui todos os gastos com marketing e vendas durante um determinado período, dividido pelo número de novos clientes adquiridos no mesmo período. É uma métrica crucial para avaliar a eficiência dos esforços de aquisição de clientes e planejar o orçamento de marketing.
  • Lifetime Value (LTV)
    • Fórmula: Valor Médio de Compra x Duração Média como Cliente Ativo
    • Descrição: O LTV representa o valor total gerado por um cliente durante o período em que ele se mantém ativo comprando da empresa. É fundamental para entender o retorno do investimento em aquisição de clientes e orientar as estratégias de retenção e fidelização.
  • Net Promoter Score (NPS)
    • Fórmula: ( ( Promotores – Detratores ) / Total de Respostas ) x 100
    • Descrição: métrica que reflete a satisfação média dos clientes com a empresa ou produto. Os clientes são classificados como promotores, neutros ou detratores com base em sua probabilidade de recomendar a empresa a outras pessoas. 
  • Taxa de Churn
    • Fórmula: (Número de clientes que Cancelaram em um Período / Número Total de Clientes no Início do Período) x 100
    • Descrição: representa a taxa de rotatividade de clientes de uma empresa. Ela indica a porcentagem de clientes que cancelaram seus contratos ou deixaram de usar os produtos ou serviços da empresa em um determinado período. Uma alta taxa de churn pode indicar problemas de retenção de clientes e afetar negativamente o crescimento e a receita da empresa.

Métricas 3.0

Por fim, em estágios mais avançados da análise de dados, as empresas alcançam as métricas 3.0. A intenção desse grupo de indicadores é considerar, também, o impacto de canais não detectáveis, como o marketing boca a boca e ações offline. 

  • Share of Search (SoS)
    • Fórmula: (Buscas da Marca / Buscas de Todas as Marcas) x 100
    • Descrição: indica a participação de uma marca nas pesquisas realizadas em mecanismos de busca em relação ao mercado como um todo. É considerada uma métrica preditiva do market share. Quanto maior o SoS de uma marca, maior é a sua presença e relevância nas pesquisas online em comparação com seus concorrentes.
  • Auto-Atribuição
    • Descrição: abordagem que coleta dados sobre como os clientes descobriram uma empresa, produto ou serviço. Geralmente é realizada por meio de uma pesquisa com perguntas abertas, como “Como você conheceu nossa empresa?”, a auto-atribuição permite que os clientes relatem livremente os canais que influenciaram sua decisão de compra. Essa métrica oferece insights valiosos sobre o impacto de diferentes canais de marketing ao longo da jornada do cliente e ajuda a entender melhor a eficácia das estratégias de aquisição e comunicação da empresa.

Ferramentas de Marketing Digital

Existem diversas ferramentas que auxiliam todos os processos dentro do Marketing Digital, desde o planejamento até execução e pós-venda. Confira uma lista com as principais:

TipoFerramentasPara que serve
Tráfego (Web Analytics)Google Analytics
SimilarWeb
Adobe Analytics
SEMrush
Fornecem informações detalhadas sobre o tráfego do site e concorrentes.
DesignCanva
Photoshop
Illustrator
VistaCreate
Ferramentas com templates e funcionalidades para criação de designs.
VídeoPremiere
Final Cut
After Effects
Edição e animação de vídeos.
Redes sociaisQuintly
Buzzsumo
mLabs
Gestão e monitoramento de redes sociais.
Email e notificações de pushMailchimp
SendPulse
Disparo de emails e notificações push e gestão da lista de contatos.
AutomaçãoHubSpot
RD Station
Automação de lista de leads, criação de página, CRM e mais.
TestesGoogle Optimize
Optimizely
Possibilidade de mudar elementos no site e testar o impacto das mudanças.
CRO e UXHotjar
Crazy Egg
Google Analytics
Mapas de calor e métricas de comportamento do site.
AnúnciosGoogle Ads
Gerenciador de Anúncios do Facebook
Ferramentas para criação e gestão de campanhas de anúncios.
Gestão de projetosTrello
Asana
Runrun.it
Ferramentas para organização de tarefas, prioridades e aplicação de metodologias ágeis.

 Tipos de Marketing Digital

O Marketing Digital apresenta uma série de opções para quem deseja alcançar pessoas e alavancar negócios na internet. Justamente por seu dinamismo, são muitos os canais, táticas e metodologias que podem levar sua implementação ao sucesso. 

Marketing para Motores de Busca (SEO)

SEO (Search Engine Optimization ou Otimização para Mecanismos de Busca) é um segmento do Marketing Digital que visa posicionar páginas de um site nos motores de pesquisa, como Google, Bing e Safari.. 

Por se tratar de um dos meios mais comuns para a realização de consultas, sejam elas informacionais, navegacionais, comerciais ou transacionais, é considerado um dos mais importantes conceitos da web. 

As estratégias são voltadas ao entendimento dos complexos algoritmos criados para compreender a intenção de busca do usuário e entregar a eles as melhores respostas em ordem hierárquica de importância. Às páginas sequenciais classificadas em uma página de resultados dá-se o nome de ranking. 

Para se ter uma ideia, o robô do Google (mais popular mecanismo de busca no mundo) possui pelo menos 200 fatores de ranqueamento. São critérios distintos que levam em consideração a experiência do usuário somado à intenção expressada ao digitar um termo na barra de pesquisa. Por isso, o SEO é subdividido em outras três áreas principais.

SEO técnico

SEO técnico refere-se às práticas de teor técnico realizadas em um site para melhorar sua capacidade de ser rastreado, indexado e ranqueados pelos motores de busca. Leva em consideração elementos estruturais do site, invisíveis aos olhos do usuário, como: 

  • Sitemap: um arquivo (normalmente em XML) que lista todas as páginas de um site para facilitar a indexação pelos mecanismos de busca;
  • Robots.txt: um arquivo de texto que instrui os mecanismos de busca sobre quais partes do site podem ou não ser rastreadas;
  • Dados estruturados: marcadores no código HTML que ajudam os mecanismos de busca a entender e exibir melhor o conteúdo de uma página nos resultados de pesquisa;
  • Velocidade de carregamento: o tempo que um site leva para carregar completamente;
  • Navegação: a organização de menus e links dentro de um site para facilitar a navegação dos usuários e dos rastreadores dos mecanismos de busca;
  • Usabilidade: a facilidade de uso ao interagir com um site;
  • Design: o layout visual e a aparência estética de um site, que pode influenciar tanto a experiência do usuário quanto a classificação nos mecanismos de busca;
  • Acessibilidade: a capacidade de um site ser utilizado por pessoas com deficiência, incluindo a conformidade com as diretrizes de acessibilidade da web;
  • Segurança: a implementação de medidas de segurança, como HTTPS e SSL, para proteger a integridade e a privacidade dos dados dos usuários;
  • Responsividade: a capacidade de um site se adaptar e funcionar bem em diferentes dispositivos e tamanhos de tela;
  • Redirecionamento: a prática de encaminhar os usuários e os rastreadores dos mecanismos de busca de uma URL para outra;
  • AMP (Accelerated Mobile Pages): um formato de página da web otimizado para dispositivos móveis que carrega rapidamente;
  • Renderização: o processo de interpretação e exibição de um site pelos navegadores e pelos rastreadores dos mecanismos de busca.
  • Páginas de erro: páginas exibidas quando um usuário tenta acessar um recurso inexistente ou indisponível;
  • Tag Noindex: uma instrução para os mecanismos de busca para que não indexem uma determinada página;
  • Tag Canônica: uma tag HTML que indica aos mecanismos de busca a URL preferida para uma determinada página quando existem múltiplas versões disponíveis;
  • Hreflang: um atributo HTML usado para especificar o idioma e a localização de uma página para os mecanismos de busca;
  • Conteúdo duplicado: a presença de conteúdo idêntico ou muito semelhante em diferentes páginas de um site, o que pode prejudicar a classificação nos mecanismos de busca.

A principal função do SEO técnico é proporcionar um ambiente ágil, seguro e eficiente para a navegação do usuário. Os robôs emulam sua experiência para realizar a classificação. Apesar de sua complexidade, é considerado básico para garantir um bom ranqueamento.

Essa vertente é observada a nível de domínio. Ou seja, a arquitetura do site como um todo. 

SEO on-page

SEO on-page toma conta das práticas de otimização realizadas em páginas individuais de um website (a nível de página). Diferentemente do SEO técnico, leva em consideração as URLs únicas e elementos visíveis e invisíveis ao usuário, como páginas de produto, blog posts ou landing pages. 

Alguns dos itens considerados no SEO on-page são: 

  • URL: o endereço único que identifica uma página na web;
  • Slug: a parte da URL que identifica especificamente a página, geralmente derivada do título da página;
  • Intenção de busca: o propósito ou objetivo por trás da pesquisa de um usuário;
  • Palavra-chave: termo ou frase específica que os usuários inserem em mecanismos de busca para encontrar informações relevantes;
    • Correspondência de palavra-chave: a relação entre a consulta de pesquisa do usuário e a palavra-chave específica utilizada em uma página;
    • Variação de palavra-chave: termos relacionados, complementares, variações ou sinônimos de uma palavra-chave principal;
    • Densidade de palavra-chave: a frequência com que uma palavra-chave é usada em relação ao total de palavras em uma página;
    • Posicionamento de palavra-chave: a localização estratégica de uma palavra-chave em elementos importantes da página, como títulos, headings e conteúdo.
  • Títulos: elementos que definem a estrutura e a hierarquia do conteúdo de uma página;
    • SEO Title: o título otimizado para mecanismos de busca exibido nos resultados de pesquisa.
    • H1, H2, H3 etc.: título e subtítulos que indicam a hierarquia de importância do conteúdo na página.
  • Meta descrição: uma breve descrição da página exibida nos resultados de pesquisa, que visa atrair cliques dos usuários;
  • Conteúdo: Informações e recursos disponíveis na página para os usuários.
  • Imagem: elementos visuais que podem ser incluídos em uma página;
    • Alt text: texto alternativo associado a uma imagem, utilizado para descrever o conteúdo da imagem para usuários com deficiência visual ou quando a imagem não pode ser exibida;
  • Links: elementos que conectam uma página a outras páginas dentro ou fora do site;
    • Links internos: links que direcionam para outras páginas dentro do mesmo site;
    • Links externos: links que direcionam para outras páginas fora do site.

SEO off-page

Até agora vimos as vertentes do SEO que lidam com elementos sob controle do administrador do site, aqueles que podem ser alterados ou atualizados por um webmaster. Mas e quando os fatores de influência nos resultados de busca estão fora de alcance, em ambientes externos? Este é o SEO off-page

Quando o Google realiza a classificação das páginas, compreende os links que apontam para ela como votos de confiança. Por conta disso, toda a área é voltada a um único objeto: 

  • Backlinks: links fora do site que apontam para o site;
    • Quantidade de backlinks: o número total de backlinks que um site recebe de outros sites;
    • Qualidade de backlinks: a autoridade e confiabilidade dos sites que fornecem os backlinks, garantindo que não sejam oriundos de domínios tóxicos. 

Há ainda outro componente que possui um peso menor para a avaliação, considerado por profissionais de SEO como oportunidades para conquista de backlinks: 

  • Menções, citações e referências: inclusão do nome da marca, colaboradores da empresa ou URL sem link no conteúdo. 

O SEO off-page abrange, ainda, subvertentes independentes como: 

  • SEO local: estratégias para otimizar a presença online de uma empresa em sua área geográfica específica, com foco em melhorar sua visibilidade nos resultados de busca locais que envolvem o  Google Maps, por exemplo;
  • SEO social: ações voltadas à referenciação em mídias sociais, estimulando o compartilhamento de conteúdo, interação com seguidores e participação em comunidades.

Por sua dependência de terceiros, apesar de ser uma tática que engloba um número menor de variáveis, o SEO off-page exige ações complexas de link building, relações públicas digitais e assessoria de imprensa.

Black Hat SEO

Em geral, as estratégias de SEO são voltadas a táticas benéficas para um melhor posicionamento nas páginas de resultados dos motores de pesquisa. Porém, por se tratar de uma área baseada em experimentos, também são extraídas conclusões a partir dos erros. Ou seja, o que não se deve fazer. 

Dá-se o nome de Black Hat SEO ao conjunto de práticas que visam manipular os algoritmos e, portanto, são consideradas ilegais pelas diretrizes do buscador, podendo resultar em penalizações. 

Alguns exemplos de técnicas malvistas pelos buscadores são: 

  • Keyword stuffing: uso excessivo e não natural de palavras-chave para manipular os resultados de busca;
  • Doorway pages: páginas criadas exclusivamente para manipular os mecanismos de busca, redirecionando os usuários para outros destinos;
  • SEO negativo: táticas para prejudicar a classificação de um concorrente nos mecanismos de busca;
  • Compra de links: aquisição de backlinks via pagamento;
  • Troca de links: trocar backlinks com outros sites para obter uma vantagem injusta nos resultados de pesquisa;
  • Cloaking: apresentação de conteúdo diferente aos mecanismos de busca e aos usuários, enganando os robôs;
  • Plágio: cópia de conteúdo de outros sites sem permissão ou atribuição adequada;
  • Duplicação de conteúdo: publicação do mesmo conteúdo em múltiplas páginas ou sites;
  • Link farm: páginas ou sites criados para abrigar grande quantidade de backlinks;
  • PBN: rede de blogs pertencentes a um único proprietário, usada para criar backlinks para um site principal;
  • Spam: envio excessivo de links em locais como comentários de spam ou fóruns online;
  • Clickbait: criação de títulos enganosos ou sensacionalistas para atrair cliques, mesmo que o conteúdo não corresponda à intenção de busca da palavra-chave;
  • Texto oculto: inserção de texto escondido atrás de imagens ou do mesmo da cor do plano de fundo para enganar os mecanismos de busca;
  • Conteúdo ruim: conteúdo de baixa qualidade que não oferece valor aos usuários;
  • Manipulação de dados estruturados: implementação de marcações de forma enganosa para manipular os resultados de pesquisa.

Mídia Paga

Mídia Paga é uma vertente do Marketing Digital caracterizada pelo pagamento por espaços dentro das plataformas. Assemelha-se à publicidade tradicional, mas envolve o uso de canais digitais para tal. Em outras palavras, são anúncios pagos no ambiente digital. 

Existem muitas maneiras de se utilizar a mídia paga, mas tradicionalmente os principais canais são intermediados por plataformas como o Google Ads e o Meta Ads. Elas automatizam o complexo processo de negociação, facilitando a divulgação dos ads no ambiente virtual. 

A principal vantagem da mídia paga é a capacidade de segmentar o público-alvo com base em critérios como idade, interesses, localização geográfica e comportamento. Com isso, garantindo que os anúncios sejam exibidos para as pessoas certas no momento certo. 

Outro importante fator é sua capacidade de oferecer resultados rápidos e mensuráveis. Ao contrário de outras formas de Marketing Digital, que podem exigir tempo para construir uma presença orgânica, a mídia paga permite que os anunciantes vejam resultados quase imediatamente após o lançamento de uma campanha. 

Em geral, os anúncios podem ser veiculados em qualquer canal digital. Alguns dos formatos mais populares são: 

  • Links patrocinados: anúncios pagos exibidos em sites, mecanismos de busca, redes sociais, aplicativos, plataformas de email, entre outros;
  • Marketing de influência: colaboração paga com influenciadores digitais para promover produtos ou serviços em seus canais de mídia social, blogs ou outros;
  • Publicidade online: pagamento direto para exibição de anúncios em sites externos, geralmente por meio de banners, pop-ups ou outros formatos de anúncios visuais;
  • Native ads: anúncios pagos que se integram organicamente ao conteúdo de um site ou plataforma, proporcionando uma experiência de usuário mais natural e menos intrusiva.

Email Marketing

O email marketing é uma vertente do Marketing Digital que permite a comunicação entre empresas e sua audiência por meio de mensagens personalizadas. Envolve o uso, muitas vezes automatizado, de mensagens que trazem valor ao usuário. 

Ao contrário do que se especulou por muito tempo, o email não se tornou antiquado. Na realidade, ele se adaptou, tornando-se um meio de comunicação mais pessoal e segmentado, de um para um. 

Além disso, o e-mail ainda desfruta de uma credibilidade maior como formato, sendo normalmente associado ao setor empresarial. O que o torna ideal para o marketing focado no B2B (business to business). 

Por esse motivo, é aplicado em muitas estratégias digitais em formatos como: 

  • Newsletter: envio regular de emails para uma lista de assinantes, fornecendo informações, atualizações e conteúdo relevante para manter o engajamento do público;
  • Fluxo de nutrição de leads: série de emails automatizados projetados para educar e nutrir leads ao longo do tempo, fornecendo conteúdo direcionado para ajudá-los a avançar no funil de vendas;
  • Fluxo de nutrição de vendas: sequência automatizada de emails direcionados a leads qualificados, fornecendo informações específicas sobre produtos ou serviços e incentivando a compra;
  • Fluxo de retenção de usuários: são enviados após a conversão, focados em manter os clientes engajados e satisfeitos, oferecendo suporte e incentivando a lealdade à marca;
  • Confirmação de compra: emails automáticos enviados imediatamente após uma compra ser concluída, confirmando os detalhes da transação e fornecendo informações relevantes sobre o pedido;
  • Vendas diretas: emails com ofertas exclusivas e promocionais destinadas a gerar vendas imediatas, incentivando os destinatários a agir rapidamente, muitas vezes em campanhas sazonais. Também utilizado para upselling e cross-selling;
  • Press releases: comunicados de imprensa enviados para veículos de mídia e jornalistas para anunciar eventos, novos produtos, conquistas da empresa ou outras notícias relevantes da organização;
  • Reativação de clientes: são emails direcionados a clientes inativos ou que não realizam uma compra há algum tempo, incentivando-os a retornar à marca com ofertas especiais ou conteúdo relevante. Também pode ser aplicado em situações de abandono de carrinho;
  • Pesquisas de satisfação: enviados para coletar feedback dos clientes após uma compra ou interação com a empresa, visando entender melhor suas necessidades e experiências.
  • Programas de indicação: são enviados para clientes existentes incentivando-os a indicar amigos ou familiares para a empresa, oferecendo recompensas ou descontos para cada indicação bem-sucedida;
  • Atualização de status: emails automáticos com a função de fornecer atualizações importantes sobre pedidos, reservas ou solicitações de clientes, mantendo-os informados sobre o status de suas transações ou interações com a empresa.

É também por meio do email marketing que se torna possível a realização do lead scoring, técnica que atribui uma pontuação para diferentes ações interativas diante das mensagens enviadas e aponta leads com alto potencial de compra. 

Redes Sociais

No Marketing Digital, as redes sociais possuem um importante papel: são praças interativas. Elas representam pontos de encontro entre pessoas que querem debater, se informar ou simplesmente passar o tempo. 

Isso gera uma oportunidade para as marcas que querem se aproximar dos consumidores. Ao compartilhar o mesmo espaço, é possível estreitar os laços com potenciais compradores e estimulá-los a realizar uma ação desejada. 

Por isso, são consideradas peças fundamentais dentro do marketing online, cujas principais características e táticas são: 

  • Engajamento: interações entre uma marca e seus seguidores nas redes sociais (likes, comentários, compartilhamentos e outras formas de envolvimento);
  • Relacionamento: construção de conexões duradouras que fortalecem a satisfação, a confiança e a lealdade dos consumidores;
  • Marketing viral: estratégia na qual o conteúdo se espalha rapidamente entre os usuários, alcançando uma ampla audiência de forma orgânica e exponencial;
  • UGC (User-Generated Content): conteúdo de marca criado pelos próprios usuários (avaliações, comentários, fotos, vídeos e outros formatos);
  • Suporte e Atendimento: assistência aos clientes que entram em contato com a marca, seja para fazer perguntas, resolver problemas ou obter informações adicionais sobre produtos ou serviços;
  • Vendas: promoção de ofertas, lançamento de produtos e campanhas de vendas diretas;
  • Social listening: monitoramento de conversas e menções sobre uma marca nas redes sociais;
  • Tráfego social: processo que visa fazer com que os usuários migrem da rede social ao site. Ou seja, saiam de um canal de mídia alugado para um canal de mídia próprio.

As principais mídias sociais no Brasil são: 

  • Facebook: oferece diversas opções de publicidade segmentada, grupos e páginas para interação com a comunidade;
  • Instagram: focada em conteúdo visual, é ideal para compartilhar imagens, vídeos e formatos como stories e reels;
  • LinkedIn: voltada para networking profissional, é ideal para compartilhamento de conteúdo relacionado a negócios, recrutamento e estabelecimento de autoridade no mercado. É muito utilizada para o marketing B2B;
  • TikTok: plataforma de vídeos curtos e criativos, é popular entre um público jovem. Ideal para marcas que desejam criar conteúdo viral;
  • YouTube: maior plataforma de compartilhamento de vídeos do mundo, oferece oportunidades para anúncios, conteúdo patrocinado e colaborações com criadores de conteúdo;
  • X: focado em mensagens curtas e rápidas, é ideal para compartilhar notícias e atualizações em tempo real;
  • Threads: similar ao X;
  • WhatsApp: principal aplicativo de mensagens instantâneas, é utilizado para comunicação direta com os clientes, envio de atualizações, promoções e suporte;
  • Pinterest: plataforma visual para descoberta e compartilhamento de ideias inspiradoras. Ideal para marcas de estilo de vida, moda, decoração e gastronomia.
  • Redes sociais de nicho: plataformas que atendem a interesses ou comunidades muito específicas, como Skoob (leitores), Strava (atletas) e Behance (designers).

Apesar de seu aspecto de convivência, as redes sociais transcenderam seu papel original e se transformaram em poderosas ferramentas de Marketing Digital. Isso quer dizer que, para conquistar o seu espaço nelas, é preciso ser estratégico. 

Mobile Marketing

Com o aumento do uso de dispositivos móveis (especialmente os smartphones), cresceram também os investimentos em estratégias digitais que visam atender as demandas de marketing em tais dispositivos. 

Assim surgiu o mobile marketing, um conjunto de ações que podem ser transversais às demais vertentes de Marketing Digital. A seguir, conheça algumas das principais atividades: 

  • Design responsivo: garante que o conteúdo dos sites e emails se adapte a diferentes tamanhos de tela;
  • Aplicativos móveis: aplicativos personalizados que oferecem funcionalidades úteis e relevantes para os usuários;
  • Publicidade móvel: anúncios específicos para aplicativos móveis, como banners, anúncios e vídeos;
  • App marketing: estratégias de promoção de aplicativos móveis, incluindo otimização de lojas de aplicativos (ASO), campanhas de instalação e incentivo a avaliações;
  • SMS marketing: envio mensagens de texto personalizadas para os dispositivos móveis;
  • Notificações push: alertas sobre novos conteúdos, atualizações de produtos, promoções exclusivas e outras informações importantes;
  • Geolocalização: tecnologia de geolocalização para segmentar os usuários com base em sua localização física e oferecer ofertas e promoções personalizadas com base em sua proximidade a pontos de venda ou eventos específicos;
  • Pagamentos móveis: implementa opções de pagamento móvel, como carteiras digitais e payment apps que facilitam as transações financeiras.

Marketing de Conteúdo

Uma das principais diferenças entre as tradicionais estratégias de marketing com aquelas aplicadas no ambiente digital é o empoderamento do usuário. Afinal, trata-se de um ambiente interativo no qual ele pode fazer escolhas. 

Em um anúncio de rádio ou TV, por exemplo, a comunicação estabelecida é unidirecional: da marca para o consumidor. Na internet isso não acontece. O usuário possui voz ativa no processo. Assim, pode criar seus próprios canais de transmissão, replicar mensagens por meio de comentários ou simplesmente fechar um anúncio. 

Talvez uma das maiores mudanças percebidas na transição foi a maneira para se alcançar as pessoas. A publicidade bruta perdeu espaço e, assim, emergiram as estratégias de marketing de conteúdo

Nesse novo paradigma, a criação de distribuição de conteúdo relevante é a chave para o sucesso. Com a extensão da jornada de compra em um ciclo mais longo para a tomada de decisões, os relacionamentos tornaram-se vitais para o sucesso corporativo. 

Funciona como uma prestação de serviços antes, durante e após o fechamento de um negócio. Serviço esse que gera valor e estabelece uma relação de confiança entre marcas e clientes. 

O conteúdo pode ser distribuído por meio de todos os canais já apresentados, em formatos variáveis como: 

  • Blog posts: artigos hospedados em blogs;
  • Social posts: mensagens curtas compartilhadas em plataformas de mídia social;
  • Ebooks: livros digitais que geralmente aprofundam um tópico específico, fornecendo informações detalhadas, guias ou insights exclusivos;
  • Webinários: seminários interativos transmitidos ao vivo ou gravados, nos quais especialistas compartilham conhecimentos, realizam apresentações e respondem a perguntas do público em tempo real;
  • Infográficos: representações visuais de informações ou dados apresentados de forma gráfica;
  • Podcasts: programas de áudio sob demanda que abordam uma variedade de tópicos, como entrevistas, discussões, narrativas ou tutoriais;
  • Apresentações de slides: documentos visuais compostos por uma série de slides que apresentam informações, dados ou ideias de forma organizada;
  • Vídeos: conteúdo audiovisual;
  • Fluxos de nutrição de email: sequências de emails automatizados enviados para leads ao longo do tempo;
  • Quizzes: questionários interativos geralmente usados para engajar o público, coletar informações ou fornecer entretenimento;
  • Pesquisas: questionários destinados a coletar dados e feedback do público sobre um tópico;
  • Planilhas: documentos eletrônicos organizados em formato de tabela, geralmente usados para calcular, analisar, organizar ou apresentar dados de forma estruturada;
  • Templates: modelos ou padrões pré-projetados que facilitam a criação de documentos, designs, apresentações ou materiais;
  • Outros: não há limites para a criação de conteúdo. O surgimento de novos padrões e modelos de confecção e divulgação acontece frequentemente.

Inbound Marketing

Com tantas opções disponíveis para encantar o público na web, é necessário elaborar um sistema único que as integre. O inbound marketing é uma metodologia holística que contempla variadas estratégias digitais, pensadas para organizar a jornada do cliente e potencializar a lucratividade. 

Sua nomenclatura (traduzida como marketing de atração ou marketing de entrada) se refere exatamente ao fato de que as decisões estão nas mãos dos clientes, sendo eles os responsáveis por iniciar um diálogo com a marca. Uma maneira permissiva de se fazer marketing, sem as interrupções da publicidade. 

Para compreender o inbound marketing é necessário, antes, entender suas fundações, dois conceitos essenciais no vasto universo do Marketing Digital. 

A jornada do cliente

A jornada do cliente é uma tentativa do marketing moderno para se colocar na pele do consumidor e conceber um sistema organizado de sua trajetória. Ou seja, o que o impulsiona à compra do momento em que ele sequer conhece uma marca até o fechamento do negócio. 

Naturalmente, a jornada não é uma linha reta. De modo que a jornada do cliente é apenas uma representação visual que simplifica o entendimento e serve como parâmetro para dar início ao planejamento estratégico. 

Ao longo do tempo, os dados são responsáveis por adequar a jornada do público de diferentes nichos, segmentos e companhias, cada um com características únicas. 

Um exemplo claro pode ser observado em empresas B2B e B2C. No primeiro, a tendência é que a tomada de decisão tenha participação de múltiplos influenciadores, prolongando-a. Já no B2C, a decisão costuma ser tomada por uma única pessoa e ocorre de maneira mais rápida. 

Em sua versão crua, a jornada do cliente segue as seguintes etapas: 

  • Aprendizado e descoberta: o cliente ainda não está ciente do problema ou da necessidade que possui. Ele está buscando informações e explorando diferentes opções;
    • Exemplo: um indivíduo que está interessado em melhorar sua saúde começa a pesquisar sobre hábitos saudáveis, dietas e exercícios físicos.
  • Reconhecimento do problema: o cliente reconhece que tem um problema ou necessidade específica que precisa ser resolvido. Ele começa a definir seus desafios e a buscar soluções;
    • Exemplo: após realizar pesquisas, o indivíduo percebe que está com sobrepeso e precisa perder peso para melhorar sua saúde e qualidade de vida.
  • Consideração da solução: o cliente começa a avaliar as diferentes soluções disponíveis para resolver seu problema. Ele pesquisa produtos, serviços ou métodos que podem ajudá-lo a alcançar seus objetivos;
    • Exemplo: o indivíduo pesquisa diferentes programas de dieta, academias de ginástica e produtos de saúde para encontrar a melhor solução para a perda de peso.
  • Decisão de compra: o cliente decide qual é a melhor solução para suas necessidades e está pronto para fazer uma compra. Ele avalia as opções disponíveis com base em critérios como preço, qualidade e conveniência;
    • Exemplo: o indivíduo decide se inscrever em um programa de dieta específico e compra um pacote de refeições saudáveis e um plano de exercícios físicos.

Com as divisões de estágios que compõem a jornada do cliente, é possível elaborar estratégias para reduzir as barreiras que o impedem de realizar a conversão final.

O funil de vendas

Simultaneamente à jornada do cliente, mas não exatamente em paralelo, ocorre o funcionamento do funil de vendas (também conhecido como funil de marketing). Essa é a metodologia utilizada do outro lado do espelho, o que as empresas realizam para acompanhar a trajetória digital do consumidor.

Em suma, é uma representação visual do processo realizado pelas organizações para se adequar aos hábitos e costumes de seus compradores. Assim como a jornada do cliente, não possui linearidade e possui peculiaridades que variam de negócio para negócio. De modo que um consumidor pode adentrar em qualquer estágio do funil de vendas. 

Sua versão básica se apresenta da seguinte maneira: 

  • Atrair: atrai a atenção do público-alvo e desperta seu interesse pelo produto ou serviço oferecido;
    • Estratégias comuns neste estágio incluem a criação de conteúdo relevante e de qualidade, otimizado para os motores de busca (SEO), publicidade paga, presença em redes sociais e participação em eventos ou webinários.
  • Converter: uma vez que o cliente é atraído para o funil, o próximo passo é converter esse interesse em uma ação concreta, como o fornecimento de informações de contato;
    • Estratégias de conversão incluem a oferta de conteúdo de valor em troca de informações de contato (como ebooks ou conferências), a criação de landing pages otimizadas, formulários de contato e chamadas para a ação persuasivas.
  • Fechar o negócio: o objetivo nesta etapa é transformar os leads qualificados em clientes pagantes, garantindo uma transição suave do interesse à decisão de compra;
    • Estratégias para fechar negócios incluem o uso de técnicas de vendas persuasivas, como demonstrações de produtos, avaliações gratuitas, descontos ou promoções especiais, além de um processo de compra fácil e conveniente;
  • Fidelizar: após a conclusão da compra, o trabalho ainda não acabou. É essencial cultivar relacionamentos duradouros com os clientes, incentivando a fidelidade à marca e garantindo que esse cliente compre novamente;;
    • Estratégias de fidelização incluem o fornecimento de um excelente atendimento ao cliente, programas de recompensas ou de fidelidade, envio de conteúdo exclusivo e relevante, solicitação de feedback e acompanhamento pós-compra para garantir a satisfação contínua do cliente.

O flywheel de marketing

Visando corrigir os problemas encontrados na representação linear do funil de marketing e a consequente tendência de as empresas priorizarem as etapas mais avançadas, a empresa Hubspot, uma das maiores referências em Marketing Digital a nível global, elaborou uma nova metodologia: o flywheel de marketing. 

Trata-se de um modelo conceitual que representa o ciclo contínuo de atração, conversão e retenção de clientes. Ele tem o objetivo de impulsionar o crescimento sustentável dos negócios. 

Inspirado no conceito de energia cinética, onde a força é acumulada ao longo do tempo e gera movimento contínuo, o flywheel enfatiza a importância de oferecer uma experiência excepcional ao cliente em todos os estágios do ciclo de vida.

Ao contrário do tradicional funil de vendas, onde o foco está na conquista de novos clientes, o Flywheel reconhece que o sucesso de uma empresa depende não apenas da aquisição de novos clientes. Ele passa também pela capacidade de encantar e reter os clientes existentes.

É composto por três etapas interconectadas:

  • Atrair: nesta etapa, o foco está em atrair a atenção do público-alvo e gerar leads qualificados;
    • Estratégias de atração incluem marketing de conteúdo, SEO, mídia paga e engajamento em redes sociais para aumentar a visibilidade da marca e atrair visitantes para o site ou plataforma de vendas.
  • Engajar: após atrair os leads, o próximo passo é engajá-los com conteúdo relevante, interações personalizadas e experiências positivas;
    • Estratégias de engajamento incluem automação de marketing, personalização de mensagens, segmentação de leads e fornecimento de suporte proativo para garantir uma experiência satisfatória.
  • Encantar: uma vez convertidos em clientes, o objetivo é encantar e surpreender os clientes com um bom atendimento, produtos de alta qualidade e soluções para seus problemas;
    • Estratégias de encantamento incluem programas de fidelidade, suporte técnico dedicado, solicitação de feedback e implementação de melhorias com base nas sugestões dos clientes, visando criar promotores da marca.

Outbound Marketing

Outbound marketing é o nome dado às estratégias tradicionais de marketing. É o modelo em que as empresas agem de maneira mais ativa na busca por novos clientes e são responsáveis pelo primeiro contato com o cliente. 

Apesar de tudo que foi dito sobre as ações de inbound, existem táticas de outbound que ainda são aplicáveis no ambiente virtual, principalmente em empresas que possuem um alto ticket médio. Ou seja, tem caixa para investir dentro das principais plataformas de anúncios. 

Além disso, podem funcionar como ferramentas complementares a outras ações digitais em etapas avançadas do funil de vendas. 

  • Cold call: ligação telefônica feita para um cliente em potencial que não solicitou contato prévio. Também é chamado de telemarketing;
  • Cold mail: e-mail enviado para um cliente em potencial que não deu permissão prévia para receber comunicações;
  • Mensagem inbox: mensagem enviada diretamente para a caixa de entrada de um cliente em potencial em uma plataforma de mídia social, como o Facebook ou o LinkedIn;
  • Mensagem de WhatsApp: mensagem enviada diretamente para o número de telefone de um cliente em potencial via WhatsApp. Também pode ser aplicado em outros aplicativos de comunicação, como Telegram, Messenger ou WeChat;
  • Anúncio direto: anúncio veiculado em um local específico, como um outdoor, painel eletrônico ou folhetim;
  • Anúncio online: veiculação de anúncios pagos em plataformas online, como Google Ads, Meta Ads, LinkedIn Ads, entre outras;
  • Trade show: evento onde empresas expõem seus produtos ou serviços para clientes em potencial, parceiros de negócios e outros participantes do setor;
  • Comercial de TV: anúncio de vídeo veiculado em canais de televisão, geralmente entre programas ou durante intervalos comerciais;
  • Comercial de rádio: anúncio de áudio veiculado em estações de rádio;
  • Mídia impressa: anúncios impressos em jornais, revistas ou outras formas de mídia impressa, com o objetivo de alcançar o público-alvo por meio de uma abordagem tangível e visual.

Smarketing

O Marketing Digital oferece a oportunidade de alinhamento entre os setores de marketing e vendas. Isso ocorre, por exemplo, com a integração entre o inbound marketing e outbound marketing. É o chamado smarketing (ou vendarketing), uma fusão entre os termos sales e marketing. 

Assim, áreas de marketing encontram oportunidades de negócios e repassam leads qualificados aos vendedores. Em estágios iniciais do funil, as ações ocorrem da mesma maneira. 

A partir da nutrição de leads, são identificados os prospects com maior potencial de conversão. Esses são os potenciais compradores que receberão uma ligação ou mensagem direta.

Ao estabelecer processos interligados, são criados SLAs (Service Level Agreement) e compartilhados dados em ferramentas de CRM que facilitam o fechamento do negócio. 

Como consequência, ocorre uma economia de recursos, já que os profissionais de vendas direcionam seus esforços para pessoas com alto potencial de conversão. Que por sua vez, já conhecem a marca ou demonstraram interesse na compra.

Account-based Marketing (ABM)

Na era da hiper-personalização, não há limites para a customização das ações realizadas no Marketing Digital. Pensando nisso, foi criado o account-based marketing, estratégia que concentra todos os esforços em contas específicas de alto valor. 

Para tal, são identificados potenciais clientes que se encaixam no perfil de cliente ideal. Os critérios podem variar: receita, orçamento, grau de interesse, número de funcionários ou fit cultural, por exemplo. 

A partir daí, são aplicadas as técnicas de Marketing Digital já mencionadas, mas direcionadas a companhias ou nichos.

Essa modalidade é comum na área de SaaS (Software as a Service). Empresas que oferecem tecnologia como um serviço geralmente oferecem diferentes planos. Para aqueles que envolvem valores mais altos, a aplicação do ABM atrai clientes que se encaixam no ICP. 

Assim, são criadas peças exclusivas com foco nessas contas. Muitas vezes, peças como conteúdo customizado, diagnósticos ou estratégias completas a partir de análises de uma única marca ou tomador de decisões são confeccionadas. 

Branding

O branding é uma vertente do marketing tradicional que toma conta da construção e gestão da marca. No mundo digital, porém, sua relevância permanece intacta. Afinal de contas, trata-se de um dos principais influenciadores para que o cliente opte por uma ou outra solução para seus problemas. 

Apesar dos elementos de design fazerem parte da identidade de uma empresa, há muitos outros fatores, muitas vezes intangíveis, que a compõem. O branding representa a essência de uma empresa, seus valores, sua personalidade. “Produtos são feitos em uma fábrica, mas marcas são criadas na mente”, diz Walter Landor, um dos pioneiros do conceito. 

De acordo com Jonah Sachs, palestrante e autor de diversos livros sobre o tema, “a sua marca é a história que se desenrola em todos os pontos de contato do cliente”. Por essa razão, boa parte das empresas de primeira linha criam seus próprios guias internos para aplicação em cada peça de comunicação que chega ao público.

É, portanto, uma área relacionada aos critérios psicológicos que estimulam a escolha final do consumidor. Isso inclui: 

  • Nome da marca: identidade principal da empresa;
  • Nome do produto: termo específico utilizado para se referir a um item ou serviço particular;
  • Identidade visual: compreende todos os elementos visuais que contribuem para a representação da marca;
  • Logotipo: símbolo gráfico ou marca registrada que representa visualmente a marca, ajudando na sua identificação e reconhecimento instantâneo pelos consumidores;
  • Slogan: frase curta que transmite a essência da marca;
  • Paleta de cores: conjunto de cores específicas escolhidas para representar a marca de forma consistente em todos os materiais e canais de comunicação, transmitindo emoções e sentimentos associados à marca;
  • Embalagem: invólucro ou pacote associados a uma marca;
  • Tipografia: seleção de fontes e estilos de texto utilizados nos materiais de comunicação da marca;
  • Mascote: personagem ou figura representativa da marca, muitas vezes utilizado para criar uma conexão emocional com os consumidores e tornar a marca mais acessível e amigável;
  • Iconografia: conjunto de ícones, símbolos ou elementos gráficos distintivos associados à marca;
  • Personalidade: atributos e características humanas atribuídos à marca, que ajudam a definir sua voz, estilo e comportamento;
  • Mensagem: comunicação verbal que transmite os valores, propósito e missão da marca, destacando seus diferenciais;
  • Tom de voz: estilo e linguagem de comunicação utilizados pela marca para interagir com os consumidores;
  • Proposta de valor: promessa única e distintiva que a marca oferece aos seus clientes;
  • Experiências associadas: todas as interações que os consumidores têm com a marca, incluindo desde a descoberta do produto ou serviço até a compra, uso e suporte pós-venda;
  • Reputação de marca: percepção geral e imagem que os consumidores têm da marca, influenciada pela qualidade do produto, experiência do cliente, valores da marca e outras interações;
  • Cultura: valores, crenças e comportamentos que orientam as ações e decisões da empresa;
  • Posicionamento de mercado: A maneira como a marca é percebida em relação à concorrência, destacando seus pontos fortes e diferenciais no mercado;
  • Colaboradores: funcionários da empresa que representam a marca em suas interações com clientes e stakeholders;
  • ESG: sigla que representa práticas relacionadas ao meio ambiente (environmental), responsabilidade social (social) e governança corporativa (governance), aspectos cada vez mais importantes na construção da imagem e reputação da marca;
  • Ativação de marca: capacidade de uma marca de ser procurada pelo cliente como solução de seus problemas.

Growth Marketing

Growth marketing é o termo utilizado para se referir à aplicação de estratégias data-driven ao Marketing Digital. Ou seja, a prática da utilização de dados para tomar decisões. Por consequência, é baseado na experimentação. 

Essa vertente é utilizada em todas as demais, de maneira integrada ou dividida por etapas dentro do funil de vendas. De modo geral, segue um ciclo de melhoria contínuo que funciona em quatro fases:

  • Analisar: a equipe de growth marketing analisa dados relevantes, como métricas de desempenho de campanhas anteriores, comportamento do usuário, feedback dos clientes e análises competitivas.

O objetivo é entender o cenário atual, identificar oportunidades de melhoria e áreas de baixo desempenho que podem ser alvo de otimização;

  • Idealizar: com base na análise dos dados, a equipe de growth marketing gera ideias criativas e estratégias para impulsionar o crescimento da empresa. É aqui que a experimentação entra em ação. 

Isso inclui brainstorming de novas campanhas, experimentação com novos canais de marketing, desenvolvimento de novas ofertas de produtos ou serviços, entre outras iniciativas. O foco é gerar hipóteses sobre o que pode impulsionar o crescimento e elaborar planos para testá-las;

  • Implementar: uma vez que as estratégias e ideias foram concebidas, é hora de colocá-las em prática. Isso envolve a execução das campanhas, desenvolvimento de conteúdo, configuração de ferramentas de análise e outras atividades necessárias para lançar as iniciativas de growth marketing.

A implementação requer coordenação entre diferentes membros da equipe, incluindo designers, redatores, especialistas em mídia paga, desenvolvedores web, entre outros, conforme necessário;

  • Testar: após a implementação, é crucial testar as diferentes estratégias e iniciativas para avaliar sua eficácia. Isso geralmente envolve a realização de testes A/B ou testes multivariados, onde diferentes variantes são comparadas para determinar qual gera os melhores resultados. 

O objetivo é aprender com os resultados dos testes, identificar o que funciona e o que não funciona. E com isso, iterar continuamente para otimizar o desempenho ao longo do tempo.

Sua implementação ocorre de três maneiras principais. São elas: 

  • Testes A/B: com o intuito comparativo, são criadas duas variantes de um mesmo item, com a diferenciação de um único componente;
    • Exemplo: duas mensagens de email marketing com o mesmo conteúdo, mas cores de botão de CTA diferentes, são enviadas a 50% da base. Aquela que tiver uma melhor taxa de cliques é a vertente a ser replicada. O teste é repetido com outros elementos. 
  • Hipótese: em caráter hipotético, é estabelecida uma tese de que uma determinada mudança terá efeitos positivos;
    • Exemplo: a equipe de marketing decide testar a troca de palavras em um SEO title. Após um período pré-determinado da implementação, a performance é avaliada e mantida (caso o resultado seja positivo) ou revertida (caso o resultado seja negativo).
  • Pesquisa de mercado: para saber quais são as necessidades do cliente, é realizada uma pesquisa qualitativa, quantitativa, mista ou etnográfica. Pode ser realizada online, por meio de grupos focais ou entrevistas individuais;
    • Exemplo: para testar a usabilidade do aplicativo, uma empresa decide que a amostragem ideal é de 500 clientes, com os quais realiza pesquisas com diferentes interfaces e escolhe aquela que melhor se adequa às suas necessidades.

É preciso ter em mente que esses são exemplos simplistas para facilitar o entendimento. O growth marketing é dinâmico e aplicável em múltiplas camadas de uma estratégia de Marketing Digital. 

Customer Success

Customer success (ou sucesso do cliente) é uma abordagem centrada no cliente que se concentra em garantir que os clientes alcancem os resultados desejados ao usar os produtos ou serviços de uma empresa. Essa vertente do Marketing Digital vai além da simples venda e se estende ao longo de toda a jornada do cliente, visando maximizar sua satisfação, retenção e fidelidade.

Uma estratégia eficaz de customer success envolve etapas-chave:

  • Entendimento das necessidades do cliente
    • conduzir pesquisas de mercado e análise de dados para compreender as necessidades, desafios e objetivos dos clientes;
    • realizar entrevistas individuais ou em grupo para obter insights mais detalhados sobre as necessidades específicas de cada cliente;
    • utilizar ferramentas de análise de clientes para acompanhar o comportamento do usuário e identificar padrões que possam indicar áreas de melhoria nos produtos ou serviços.
  • Treinamento de equipes
    • desenvolver programas de treinamento personalizados com base nas necessidades e nível de experiência de cada cliente;
    • oferecer treinamentos presenciais ou virtuais para garantir que as equipes dos clientes entendam completamente como usar os produtos ou serviços.
    • fornecer materiais de treinamento, manuais e recursos de autoatendimento para permitir que as equipes dos clientes acessem informações e suporte sempre que necessário;
    • existem empresas que implementam áreas completas de sucesso do cliente, suporte e atendimento e até mesmo atribui a gerentes de contas a satisfação do cliente.
  • Acompanhamento
    • estabelecer um cronograma regular de acompanhamento para garantir que os clientes estejam alcançando seus objetivos;
    • realizar reuniões de acompanhamento periódicas para discutir o progresso, resolver quaisquer problemas ou preocupações e oferecer orientação adicional;
    • monitorar continuamente as métricas de desempenho do cliente para identificar qualquer sinal de alerta e tomar medidas proativas para evitar a insatisfação do cliente.
  • Identificação de oportunidades
    • analisar o comportamento e histórico de compras dos clientes para identificar oportunidades de upsell (venda de upgrades ou produtos adicionais) e cross-sell (venda de produtos relacionados);
    • personalizar ofertas e recomendações com base nas necessidades e interesses específicos de cada cliente.
  • Estímulo à renovação e recompra
    • comunicar-se regularmente com os clientes para lembrá-los sobre a proximidade da data de renovação de contratos ou licenças;
    • destacar os benefícios contínuos e as melhorias adicionais que os clientes receberão ao renovar ou recomprar;
    • oferecer incentivos, descontos ou benefícios exclusivos para clientes que renovarem seus contratos ou realizarem recompras.
  • Criação de materiais de apoio
    • elaboração de materiais educacionais para clientes já existentes, como videoaulas, guias, FAQs, blog posts e ebooks;
    • atualizações sobre mudanças, updates, parcerias e novas funcionalidades.
  • Coleta de feedback
    • utilizar pesquisas de satisfação do cliente para coletar feedback sobre a experiência geral do cliente, pontos fortes e áreas de melhoria;
    • incentivar os clientes a fornecer feedback durante as interações de acompanhamento, reuniões ou por meio de plataformas online.

Quem são os profissionais do Marketing Digital

Por se tratar de um segmento dinâmico e envolto em novas tecnologias, as funções dos profissionais de Marketing Digital são diversas. Muitas vezes, as nomenclaturas se diferenciam entre as empresas, assim como os níveis hierárquicos e de experiência (júnior, pleno e sênior). 

A mentalidade data-driven, no entanto, é comum a todas elas. Ao estabelecer uma cultura de dados, as chances de sucesso de uma empresa no ambiente online aumentam significativamente. 

A verdade é que o Marketing Digital tomou tamanha proporção que tornou-se uma disciplina transversal, com participação em todos os setores da corporação. Em boa parte dos casos, um mesmo profissional atua em diferentes vertentes, como no caso de web designers e desenvolvedores.

Algumas das principais atribuições dos profissionais da área são: 

  • CEO (Chief Executive Officer): lidera a visão estratégica e os objetivos gerais da empresa;
  • CMO (Chief Marketing Officer): responsável pela estratégia global de marketing, incluindo o Marketing Digital;
  • Diretor de Marketing Digital: encarregado da estratégia e execução das iniciativas de Marketing Digital;
  • Gerente de Marketing Digital: supervisiona as operações diárias das atividades de Marketing Digital;
  • Planejamento de Marketing Digital: desenvolve estratégias criativas e orientadas a dados para alcançar objetivos de Marketing Digital;
  • Gerente de Ecommerce: supervisiona as operações relacionadas à venda de produtos ou serviços online;
  • Brand Manager: implementa estratégias para fortalecer e proteger a reputação de uma marca online;
  • Gerente de Projetos: coordena todas as iniciativas digitais para garantir um bom funcionamento do fluxo de trabalho;
  • Consultor de Marketing Digital: serviço terceirizado em que o profissional analisa o mercado e realiza recomendações personalizadas para empresas;

Profissionais das áreas específicas do Marketing Digital 

Porém, dentro das diversas áreas do Marketing Digital, existem diferentes profissionais que operam nas mais variadas frentes de atuação. Alguns deles são:

  • SEO (Search Engine Optimization): otimiza o conteúdo e o site para melhorar o ranking nos mecanismos de busca;
    • Variações: analista de SEO, gerente de SEO, link builder, planejador de palavras-chave, redator SEO, SEO local, SEO técnico, SEO on-page, SEO off-page, relações públicas, desenvolvedor, programador, UX designer, UX writer, CRO, ASO
  • Marketing de Conteúdo: cria e distribui conteúdo para atrair e converter potenciais clientes;
    • Variações: gerente de conteúdo, CCO, estrategista de conteúdo, redator de conteúdo, designer, revisor de conteúdo, editor de conteúdo, jornalista, video maker, editor de podcast, storyteller, editor de blog
  • Mídia Paga: planeja, implementa e melhora campanhas de publicidade paga;
    • Variações: gestor de tráfego, analista de tráfego, PPC, SEM, links patrocinados, gerente de campanha, remarketing, rede de pesquisa, rede de display, copywriter, Google Ads, Twitter Ads, Instagram Ads, LinkedIn Ads
  • Redes Sociais: cria e gerencia a presença da empresa nas plataformas de mídia social;
    • Variações: gerente de mídias sociais, analista de redes sociais, social media, gerente de comunidade, SAC, suporte, social listening, monitoramento de menções
  • Email Marketing: cria e executa campanhas de email marketing;
    • Variações: gerente de email marketing, analista de CRM, geração de leads, gestor de mailing, automação de marketing, nutrição de leads, fluxo de vendas 
  • Analista de Dados: coleta, analisa e interpreta dados relacionados às atividades de Marketing Digital;
    • Variações: web analytics, cientista de dados, analista de métricas, business intelligence (BI), analista de inbound marketing, analista de atribuição, Big Data, analista de performance, growth marketing, growth hacker, analista de testes A/B
  • Desenvolvedor: desenvolve e aprimora aspectos técnicos de sites e aplicativos;
    • Variações: web designer, programador, front-end, back-end, full-stack, DevOps, desenvolvedor web
  • Analista de Marketing Digital: profissional flexível que pode realizar uma ou mais tarefas, frequentemente generalista;
  • Analista de Inbound Marketing: gerencia campanhas que abrangem toda a jornada do cliente pelo funil de vendas;
  • Account Manager: administra o relacionamento com o cliente para garantir sua satisfação e fidelização dentro da empresa;
    • Variações: Customer Success, analista de Sucesso do Cliente
  • Outras profissões relacionadas: engenheiro de prompt, especialista em inteligência artificial e machine learning, especialista em proteção de dados e privacidade, marketing de influência, marketing de produto, gestor de chatbot, analista de WhatsApp, outbound marketing, analista de eventos ao vivo.

Por que investir em Marketing Digital? 

Nos dias de hoje, em que a presença online é pré-requisito para o sucesso de qualquer negócio, o Marketing Digital se tornou fundamental mesmo para empresas que não vendem online. Afinal de contas, não basta estar presente, é preciso alcançar o público. 

Com a internet permeando a vida dos consumidores, é preciso compartilhar o espaço com os clientes. E, mais do que isso, ter uma participação efetiva em seu cotidiano, fazendo com que todas as interações com uma marca tornem-se parte de uma experiência memorável. 

Alcance

O Marketing Digital oferece às empresas a oportunidade de alcançar um público mais amplo do que os métodos tradicionais de marketing. Através de estratégias, as marcas podem se posicionar diante de potenciais clientes em escala global. 

Competitividade

Na web há competição acirrada em todos os setores. As empresas que adotam ações de marketing online têm uma vantagem significativa sobre aquelas que não o fazem. 

Além disso, é possível acompanhar de perto as atividades dos concorrentes e ajustar as estratégias de acordo com as tendências do mercado. Ou seja, o marketing digital está em constante evolução. 

Segmentação

Embora o alcance possa ser potencializado na internet, a segmentação é uma ferramenta poderosa que permite às empresas direcionar suas mensagens e campanhas para públicos específicos. Para isso, são utilizados critérios demográficos, comportamentais e psicográficos. 

Ou seja, a comunicação pode ser direcionada a públicos específicos. Isso aumenta sua eficiência e, ao mesmo tempo, pode aumentar o ROI das aplicações. 

Mensuração

Uma das vantagens mais marcantes do Marketing Digital é a capacidade de mensurar com precisão o desempenho das campanhas e atividades. Diferentemente dos métodos tradicionais de marketing, nos quais é difícil determinar o retorno sobre o investimento de forma objetiva. 

O Marketing Digital oferece uma variedade de ferramentas e métricas que permitem às empresas avaliarem o sucesso de suas iniciativas. E com isso, fazerem os devidos ajustes ao longo das campanhas. 

Custo-benefício

Na maioria dos casos, o marketing online oferece uma relação custo-benefício melhor quando comparado aos métodos tradicionais. Isso se deve ao fato de que anúncios em televisão, rádio ou jornal costumam exigir investimentos consideráveis. 

Já o Marketing Digital permite que empresas de todos os tamanhos alcancem seu público-alvo com orçamentos mais modestos. Porém, para isso, é preciso ter a estratégia certa. 

Engajamento

A internet proporciona um ambiente ideal para o engajamento ativo entre as empresas e consumidores. Esse engajamento não apenas fortalece os laços entre a marca e o cliente, mas também cria uma sensação de comunidade em torno da marca. 

As interações estreitam os laços e aumentam as chances de se estabelecer relacionamentos duradouros. Na era das redes sociais, uma marca que tem fãs será muito beneficiada pelo conteúdo orgânico gerado por esses consumidores. 

Fidelização

O marketing na internet não se limita à aquisição de novos clientes, mas também desempenha um papel fundamental na fidelização. Após a conversão, é essencial manter um relacionamento contínuo e significativo para garantir um melhor LTV.

O Marketing Digital do futuro

O Marketing Digital possui uma inegável relação com a inovação. Frequentemente, a área passa por transformações resultantes da mudança de paradigmas, criação de novas metodologias ou o surgimento de tecnologias. 

À medida que avançamos em direção ao futuro, as empresas se adequam. Antecipar as tendências para o marketing do amanhã é essencial conhecer as abordagens que podem impactar as ações online. 

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) revolucionou o cenário do Marketing Digital ao oferecer insights mais profundos sobre os consumidores e automatizar processos de marketing. 

Com algoritmos avançados de machine learning e análise de dados, as empresas podem prever comportamentos do consumidor, personalizar experiências de compra e criar campanhas de marketing em tempo real. Além disso, impulsiona a criação de chatbots inteligentes, capazes de fornecer suporte ao cliente 24/7 e melhorar a experiência do usuário em sites e aplicativos. 

À medida que a IA continua a se desenvolver, espera-se que ela desempenhe um papel cada vez mais importante na criação de estratégias de marketing mais eficazes e orientadas por dados.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada

Ao utilizar tecnologias RV e RA, as empresas podem criar ambientes virtuais onde os consumidores podem interagir com produtos e serviços de uma forma totalmente nova. 

Isso permite que as marcas ofereçam demonstrações de produtos, tours virtuais de lojas e experiências de marca únicas que se destacam na mente dos consumidores. Além disso, vêm sendo explorada em eventos de marketing, como feiras comerciais e lançamentos, oferecendo aos participantes uma experiência imersiva e memorável. 

Hiper-segmentação

A hiper-segmentação é uma abordagem avançada de segmentação de mercado que visa dividir os consumidores em grupos ainda mais específicos. Para isso, são utilizados como base características detalhadas e comportamentos individuais. 

Ao utilizar dados demográficos, comportamentais e de preferências, as marcas podem criar campanhas de marketing altamente customizadas. E dessa forma, direcionadas a grupos de consumidores altamente específicos. 

Com isso, as marcas podem criar conexões mais profundas com seus públicos-alvo, aumentando a fidelidade do cliente e impulsionando o crescimento dos negócios.

Busca conversacional

A busca conversacional é uma abordagem inovadora que reflete a evolução dos mecanismos de busca em direção a interações mais naturais e fluidas. 

A busca conversacional difere dos tradicionais mecanismos de busca, que exigem consultas específicas e muitas vezes fragmentadas. Ela permite que os usuários interajam com os sistemas de busca de forma semelhante a uma conversa humana. 

Esses sistemas são impulsionados pela tecnologia de inteligência artificial generativa, que pode compreender e responder a consultas em linguagem natural. O que também inclui buscas por voz.

Como consequência, os usuários podem iniciar uma pesquisa e continuar a interação de onde pararam, sem a necessidade de reformular a consulta a cada passo. Criando assim uma experiência contínua. 

Metaverso

O termo “Metaverso” descreve um ambiente virtual tridimensional persistente, criado pela convergência de mundos virtuais, realidade virtual e tecnologias imersivas. No Metaverso, os usuários podem interagir entre si e com objetos digitais de maneira semelhante à vida real, criando e participando de experiências compartilhadas. 

Esse conceito está se tornando cada vez mais relevante no Marketing Digital, à medida que as marcas exploram novas formas de engajar os consumidores em ambientes virtuais.

Criação de Demanda

No atual cenário competitivo do Marketing Digital, a criação de demanda emerge como uma estratégia revolucionária. Enquanto o marketing de performance tradicional se concentra em atender às necessidades existentes do público, a criação de demanda procura despertar interesse genuíno por produtos ou serviços, muitas vezes antes mesmo que o consumidor reconheça essa necessidade. 

Essa abordagem proativa visa não apenas satisfazer, mas também criar demanda onde antes não existia. Por isso, vem se destacando como uma ferramenta valiosa para empresas que buscam diferenciação em mercados saturados ou lançam produtos inovadores.

Exemplos de Marketing Digital

Uma das grandes vantagens do Marketing Digital é a possibilidade de avaliação de estratégias executadas por outras empresas. Isso permite uma percepção do que funciona e do que não trouxe resultados positivos.

Para tal, são definidos dois tipos de análise:

  • Análise de concorrência: observação precisa de estratégias, serviços e práticas de marketing de concorrentes diretos e indiretos;
  • Benchmark: checagem frequente de práticas realizadas por empresas líderes no setor.

Red Bull

Quem não conhece o jargão “Red Bull te dá asas”? A Red Bull é uma marca de bebidas energéticas com uma presença muito forte no meio esportivo e suas estratégias de marketing fogem do usual.

Ela foca na promoção de eventos mirabolantes e criativos. Um exemplo é a campanha que levou um homem ao espaço de balão para o mesmo saltar de paraquedas.

A Red Bull patrocina vários eventos esportivos radicais, além de ter sua própria produtora de conteúdo. É um exemplo no que diz respeito a posicionamento de marca e comunicação de seus valores.

Além dos eventos públicos, a empresa também organiza eventos exclusivos, para proporcionar a melhor experiência aos seus apoiadores.

Tudo isso integrando com o meio digital, investindo na divulgação dos eventos com conteúdos inspiradores. Você provavelmente já viu alguma loucura feita por esportistas patrocinados pela Red Bull em seu Instagram.

Canva

Canva é uma ferramenta de design gráfico que democratizou a criação de designs variados para todos. Ela conta com milhares de templates, imagens gratuitas e ilustrações que seus usuários podem usar para criar posts para redes sociais e outros canais.

O Canva faturou US$1 bi em 2022 e já vale bilhões no mercado. A ferramenta é inovadora, mas existem várias outras com as mesmas funções, o que diferenciou a empresa foi sua estratégia de marketing.

76% de seu tráfego é direto e 16% de SEO. Sua estratégia consiste basicamente em resolver um problemão no marketing: fazer pequenas artes para o dia a dia de forma prática e rápida. Em seu blog, a Conversion fez uma análise completa dessas ações.

Para ajudar as pessoas no processo de criação, a empresa investiu em conteúdos de começo da jornada de compra do consumidor, provavelmente seguindo um passo a passo parecido com esse:

  1. Pesquisar os termos que as pessoas buscam quando querem criar um design, como “criar logo” e “criar memes”;
  2. Otimizar suas páginas para cada um desses termos;
  3. Trabalhar as otimizações de SEO nessas páginas para que apareçam nos primeiros resultados do Google.

Airbnb

A empresa de aluguel de curto prazo de imóveis, Airbnb, bateu recorde de vendas no final de 2022, em grande parte por uma mudança na sua estratégia de marketing:

  • Redução de custos em busca paga, com alta concorrência;
  • Aumento de investimento em PR e branding.

Seu tráfego de SEO dobrou de 2019 até o final de 2022, com tráfego não-pago representando 88,39% de todo seu tráfego na web!

Ou seja, investindo em autoridade de marca e uma boa estratégia de SEO, a empresa conseguiu reduzir os custos com anúncios e se tornar mais rentável.

SHEIN

A SHEIN é uma varejista chinesa de fast fashion que está bombando nos últimos anos, se tornando uma potência na indústria de moda.

Já é a terceira startup mais valiosa do mundo com valor de mercado de US$100 bilhões. No Brasil, a empresa tem forte presença digital com seu e-commerce, saltando rapidamente para o sétimo maior e-commerce por aqui.

Alguns fatores que fizeram a SHEIN chegar onde chegou:

  • Além do seu modelo de negócio econômico e eficiente, a SHEIN investe pesado em influenciadores digitais como a Anitta, para que mostrem seus produtos;
  • O seu app também conta com uma estratégia otimizada de UX para manter os usuários engajados e comprando;
  • A empresa também trabalha muito bem o gatilho mental de escassez com seus consumidores, com seção dedicadas a ofertas especiais com tempo limitado, o que incentiva as vendas.

O Marketing Digital na sua empresa 

O Marketing Digital oferece um leque de oportunidades para todas as empresas e orçamentos. No mundo atual, em que as pessoas vivem boa parte das suas vidas, interagindo, pesquisando e realizando compras na web, é indispensável manter uma presença sólida para lidar com clientes e prospects.

Mas lembre-se: não há uma receita pronta, que funcione para todos os negócios. Porém, as inúmeras possibilidades e canais permitem a realização de testes para chegar a um resultado final satisfatório. 

As novas tecnologias e o comportamento do consumidor se alteram com frequência. Por isso, é necessário manter os olhos atentos para as novas demandas do mercado. 

O Marketing Digital é marcado pela constante mudança e evolução. Então é preciso estar sempre atualizado e aberto às mudanças que serão necessárias ao longo das suas campanhas. 

Esperamos que, com este guia, você esteja apto a executar tais estratégias e descobrir qual delas funciona melhor com o seu público. Nunca esqueça que a estratégia perfeita não existe dentro do Marketing Digital, o que existe são testes e ajustes pontuais rumo ao resultado desejado. 

Escrito por Maurício Schwingel

Escrito por Maurício Schwingel

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Escrito por Maurício Schwingel

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