Para compreender o que pretendem e quais são as expectativas dos turistas brasileiros com relação ao futuro do setor, realizamos uma pesquisa exclusiva com 271 entrevistados. Confira agora os resultados
Férias, feriados prolongados, visitas a familiares distantes e praia no verão: para a grande maioria dos brasileiros que sempre incluíram viagens aos seus planejamentos anuais, estas ocasiões tornaram-se somente novos dias de descanso em casa durante a pandemia da COVID-19.
Desde meados de 2020, o setor de turismo, um dos mais afetados pela crise sanitária, vem somando rombos orçamentários e retrações significativas em seu quadro de empregados.
Segundo dados Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o prejuízo em números já passa de R$ 395 bilhões desde março do último ano.
O cenário, porém, vem mudando e trazendo uma perspectiva mais positiva ao setor. Com a queda no número de óbitos, avanço da vacinação e controle na disseminação do vírus por parte de alguns países, as fronteiras domésticas e internacionais estão começando a se abrir e as expectativas são altas, tanto para prestadores de serviço turísticos quanto para quem pretende por o pé na estrada.
De acordo com dados do Relatório Setores do E-commerce no Brasil, da Conversion, Turismo foi o setor com maior crescimento em Julho com relação ao mês anterior, com 18,61% de aumento em seu tráfego.
Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria americana McKinsey & Company, viajar é a segunda atividade mais desejada pela população, perdendo apenas para jantar fora. Em outras palavras, as pessoas estão ansiosas para retomar suas rotinas e deixar suas casas.
Para entender melhor de que maneira isso se aplica no Brasil e quais as expectativas dos turistas nacionais com relação ao futuro das suas viagens, a Conversion realizou um estudo exclusivo com 271 brasileiros conectados à internet.
O nível de confiança da pesquisa é de 90%, com margem de erro de 5% e os resultados você pode conferir abaixo.
Para baixar a edição de Agosto/21 do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, clique aqui.
Vacinação é o fator que mais beneficia retomada
A vontade dos brasileiros de viajar é não é nova, mas a insegurança com relação ao vírus foi um fator determinante nos últimos dois anos.
Hoje, com 26% da população totalmente vacinada, o Brasil já conta com Estados quase sem restrições para serviços e comércio, como São Paulo.
62% dos entrevistados afirmaram não terem feito viagens a turismo durante o período pandêmico.
Ao mesmo tempo, 70,85% alegaram sentir muito ou algum medo de viajar por conta do coronavírus.
O avanço do calendário de vacinação, no entanto, é um divisor de águas: 91,88% dos turistas pretendem fazer uma viagem a turismo após se vacinarem.
E o desejo não é passageiro. Uma soma de 77,13 dos respondentes afirmam que pretendem, após o fim da pandemia, viajar na mesma frequência ou mais do que viajavam antes da crise.
Vôos domésticos lideram retomada e Nordeste do Brasil é o principal destino
Com relação aos destino preferidos pelos brasileiros, os vôos nacionais assumem o topo da lista e o Nordeste deve ser a região mais procurada, com 59,84% da preferência.
Em seguida estão o Sul do país, Europa, viagens dentro do próprio Estado e a região Sudeste.
Grande parte destas viagens têm como objetivo fazer uma visita, já que a casa de conhecidos e/ou familiares é a segunda hospedagem mais escolhida pelos entrevistados.
O favoritismo por viagens nacionais também pode ser um reflexo da instabilidade econômica que atingiu milhões de famílias nos últimos meses, uma vez que estas viagens são, em geral, mais baratas que as viagens internacionais.
Não à toa, quase 35% dos que responderam à pesquisa pretendem gastar menos do que gastavam em suas viagens antes da pandemia.
Uma outra hipótese é que os destinos dentro do Brasil estão no radar por estas serem viagens que podem ser feitas de carro, o segundo meio de transporte mais cotado na nossa pesquisa para ser utilizado.
Apesar da maioria preferir o avião, é possível deduzir que uma parte significativa da população ainda se sente insegura com relação aos meios de transporte coletivos.
Empresas que não cumprirem protocolos de segurança tendem a ser deixadas de lado
E, por falar em avião, as companhias aéreas, bem como as demais indústrias prestadoras de serviços turísticos, como hotéis, guias, entretenimento e aluguel de transportes devem ressurgir dos tempos sombrios com nova roupagem.
Segundo dados do nosso estudo, 60,15% dos turistas deixariam de usar os serviços de empresas que não fossem rigorosas com relação às novas medidas sanitárias, o que leva o nível de exigência dos clientes a um novo patamar.
As medidas de segurança, inclusive, não devem desaparecer tão cedo segundo os entrevistados.
61,04% ainda esperam usar máscaras mesmo após o fim da pandemia, 84,34% acreditam que o uso de álcool gel continuará em vigor e 42,57% esperam seguir com algum tipo de isolamento social.
Apenas 6,43% das pessoas não esperam que estas medidas ainda sejam utilizadas em suas viagens pós-pandemia.
Turismo no e-commerce: os maiores sites da categoria
No último mês de Julho, a categoria de Turismo do comércio eletrônico nacional somou 102,5 bilhões de acessos, um aumento de 18,61% em relação ao mês anterior.
Entre os principais sites, o maior crescimento foi do Viajanet, com +47% de crescimento mensal.
No tráfego, o Booking.com é o líder, com quase 19% do market share de todo o setor, seguido por Hurb e o nacional 123 Milhas.
No Share of Search, a Latam está no topo, com 19,1%.
Brigando pelo segundo lugar no Brasil estão CVC, Localiza e 123 Milhas.
Veja, abaixo, a lista com os 20 maiores sites da categoria.
Para baixar a edição de Agosto/21 do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, clique aqui.
Metodologia
Para essa pesquisa foram entrevistados brasileiros de ambos os sexos com idades a partir de 18 anos, sendo 48,34% do público masculino e 51,55% feminino.
As classes vão de A a E, sendo a maioria da classe C, com 37,27% dos respondentes.
A região com a maioria dos entrevistados é a Sudeste, com 46,49% deles, seguida por Nordeste (22,51%) e Sul (15,13%).
Confira os dados completos dos 271 brasileiros que participaram do nosso estudo aqui.
Download, uso de nossos gráficos e contato com assessoria de imprensa
Os infográficos desta página podem ser reproduzidos, preferencialmente com crédito em formato de hiperlink. Não é permitida qualquer modificação.
Para agendar uma entrevista ou ter mais informações, fale com a nossa assessoria de imprensa:
[email protected]
+55 (11) 99933-3955